Fontes próximas às negociações que resultaram na formação do consórcio Calais têm uma versão no mínimo original que explica o posicionamento do presidente do BNDES, Carlos Lessa, e dos seguidos rumores de que o governo estaria apoiando as três teles fixas em seu projeto de comprar a Embratel.
Segundo essas fontes, autoridades governamentais teriam sido procuradas pelos representantes da Telemar e Brasil Telecom, que temiam uma compra da Embratel por parte da Telefônica, que assim ficaria numa posição de dominância quase absoluta do mercado brasileiro.
Como BNDES e os fundos de pensão têm investimentos expressivos na Telemar e também na Brasil Telecom, essas empresas teriam recebido uma espécie de sinal verde de setores isolados do governo para atrair a Telefônica ao consórcio, evitando assim um fortalecimento desmedido do grupo espanhol.