Segundo o presidente de um dos fundos de pensão ouvido por este noticiário, o acordo com o Opportunity era necessário para que os fundos e o Citibank pudessem realizar os investimentos feitos nas empresas de telecomunicações Brasil Telecom e Oi. Com o acordo com Dantas, pode-se consumar a fusão entre as empresas (que ainda depende de aprovação regulatória), em um negócio de R$ 8 bilhões, pelo qual os fundos, o Citibank e o Opportunity (os três grupos que estão no bloco de controle da Brasil Telecom) receberão perto de R$ 4,8 bilhões. Os fundos avaliam que estão em uma boa posição nesse negócio, já que são vendedores pela Brasil Telecom e compradores pela Oi, e que a empresa resultante será mais competitiva do que as duas existentes hoje.
Em relação a Dantas, os fundos avaliam que fizeram o que poderiam ter feito: denunciaram as irregularidades apuradas ao Ministério Público, à CVM, e à Justiça. Daqui para frente cabe a essas instituições tomar as providências. Aos fundos, cabe agora fazer o que for melhor para seus cotistas, ouviu este noticiário. Para justificar a situação, a fonte dá dois exemplos: "É como alguém que tem a casa assaltada, vai à polícia mas continua inseguro. A solução é mudar de casa", ou "como ter que instalar uma torre em um morro dominado por bandidos, situação em que não basta pedir proteção policial, mas é preciso negociar com quem manda naquele território".
Fusão Oi/BrT