O inquérito 08/2001 da CVM, aberto com o objetivo de apurar denúncias de presença de pessoas residentes no Brasil entre os cotistas do Opportunity Fund, deve ser concluído neste semestre. A previsão é do presidente da CVM, Luiz Leonardo Cantidiano. Segundo ele, o processo está demorando porque demandou a obtenção de documentos no exterior, tarefa que esbarra em longos trâmites burocráticos. Pelas regras da CVM, o prazo para conclusão deveria ser de 90 dias, mas prorrogações podem ser concedidas indeterminadamente, explicou Cantidiano.
Quando a investigação for concluída pela área técnica da CVM, deverá ser realizado um julgamento pelo colegiado da entidade. Cantidiano no passado foi advogado do Opportunity Fund inclusive em operação citada e com documentos anexados ao processo 08/01), e por isso seria esperado que ele se declarasse impedido de participar da votação. O presidente da CVM, entretanto, não adianta qual será sua escolha: "não sei (se participarei do julgamento). Não quero dizer nem que sim, nem que não".
Foi uma afiliada do Opportunity Fund, a Highlake International Business Company Ltd., que adquiriu nesta semana os 49% de participação acionária que a TIW detinha na Telpart, holding que controla as operadoras Telemig Celular e Amazônia Celular.
BID
Em visita ao Rio de Janeiro nesta sexta, 28, o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Henrique Iglesias, anunciou uma doação de US$ 2 milhões à CVM. A verba será investida em projetos de modernização da entidade, dentre os quais destacam-se: a implementação de um novo sistema de supervisão do mercado de derivativos; elaboração de um estudo sobre a competitividade do mercado de capitais brasileiro; digitalização de documentos e desenvolvimento de um sistema para recebimento e armazenamento de dados, entre outros.
