Rede privativa móvel do governo pode ir além do Distrito Federal

Encontro da Anatel com órgãos de governo e segurança pública

O projeto de Rede Móvel de Comunicação Crítica do Governo Federal no Distrito Federal poderá ser expandido para outras localidades do País, a depender do sucesso da implementação inicial na região da capital brasileira.

A indicação foi feita pela Anatel após discussão do projeto com órgãos do governo federal e do Distrito Federal realizada na última quarta-feira, 26. A rede privativa em questão é projetada para operar mesmo em situações extremas, como desastres naturais, ataques cibernéticos ou crises de segurança nacional.

"O investimento necessário para a implantação do projeto no Distrito Federal está previsto no âmbito do Edital do 5G. Entretanto, o sucesso da implementação poderá possibilitar a expansão da rede para outras cidades do País", afirmou a agência, ao reportar o encontro. A data prevista para entrega da rede é em fevereiro de 2026.

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A Anatel também confirmou que a Motorola Solutions foi selecionada para fornecer a tecnologia de missão crítica necessária ao projeto, dentro das demandas de segurança e resiliência exigidas pelo governo (será utilizada a plataforma MCPTx da fornecedora). Já a Telebras será responsável pela operação da rede após sua implantação.

No momento, a Entidade Administradora da Faixa (EAF) vem atuando como executora do projeto. O papel vem sendo desempenhado com a coordenação e supervisão do Gaispi, grupo presidido pela Anatel que acompanha parte dos compromissos associados ao leilão 5G de 2021.

Entidades envolvidas

"A expectativa é que a rede melhore significativamente a coordenação entre as entidades envolvidas, especialmente em situações de emergência", afirmou a agência, em comunicado nesta sexta-feira, 28. Forças de segurança pública, de defesa civil e outras entidades consideradas críticas devem utilizar o recurso.

Segundo a Anatel, o projeto também tem contado com a participação de instituições como o Exército, Senado Federal, Câmara dos Deputados, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e do Detran-DF.

"A colaboração entre essas entidades visa superar desafios históricos de comunicação, que muitas vezes prejudicam a atuação coordenada em situações críticas", sinaliza a agência.

O Ministério das Comunicações (MCom) foi o definidor da política pública para a rede privativa, que foi incluída como um dos compromissos do Edital do 5G. Além da componente de rede móvel no DF, há também um projeto de rede privativa fixa que deve alcançar todas as capitais do País.

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