A Vodafone anunciou um plano ambicioso durante o Mobile World Congress que acontece esta semana em Barcelona (MWC 2022). Quer ter 30% de seus sites na Europa funcionando nesta arquitetura até o ano de 2030. A informação foi trazida por Johan Wibergh, CTO da empresa, em um painel em que se discutiram algumas das principais tendências tecnológicas das operadoras móveis.
Para a Vodafone, a estratégia rumo ao OpenRAN é uma busca pela possibilidade de inovação nos serviços. "Acreditamos que poderemos abrir uma nova oportunidade de inovação em serviços, e que isso nos permita virar uma provedora de soluções, e não apenas de conectividade", disse ele, pontuando o papel das redes OpenRAN sobretudo para o desenvolvimento de mercado de redes privativas.
Outro dado importante trazido nas previsões da Vodafone: se hoje 70% das funções de core da rede já rodam em ambiente virtualizado, em mais três anos o percentual será de 100%. Tudo, segundo Wibergh, dentro da estratégia de ter redes mais abertas e flexíveis. "Nós estamos abrindo APIs da nossa rede para que diferentes empresas possam se integrar e desenvolver serviços baseados na capacidade da infraestrutura".
"Sem rede, cloud é só um monte de computador"
Dentro da estratégia de utilizar e desenvolver serviços baseados em nuvem, a BT adotou um discurso mais agressivo, com um caminho próprio. "Acreditamos que sem uma boa rede a nuvem é só um monte de computadores empilhados", diz Howard Watson, CTO da operadora britânica, destacando a estratégia de desenvolver uma rede específica para atender plataformas de cloud, próprias e de terceiros, com funcionalidades específicas para esse tipo de serviço.
A estratégia da BT é criar parcerias a partir desta rede focada em serviços de cloud, tanto para empresas que utilizam serviços em nuvem quanto para provedores de cloud. E ela mesma, em uma estratégia de edge cloud, quer capturar uma parte do mercado.