Qualcomm apresenta novos conceitos para otimizar o uso do espectro

A Qualcomm trouxe ao Mobile World Congress algumas novidades na área de otimização de uso do espectro que, quando se tornarem produtos, prometem provocar algumas mudanças importantes na forma como as operadoras usam as frequências. Uma das novidades é a tecnologia que está sendo chamada de S-UMTS, ou Scalable UMTS. Por meio de ajustes na tecnologia de modulação, a Qualcomm conseguiu fazer a transmissão de portadoras que ocupam metade ou menos da largura de banda de uma portadora típica de UMTS (5 MHz). Com isso, operadoras que hoje dispõem de pequenas sobras de espectro ou têm faixas cuja largura é menor do que 5 MHz e que estão sendo usadas para tecnologias de 2G podem aproveitar essas frequências para transmitirem, em um bloco de 2,5 MHz, uma portadora de 3G, que permitiria velocidades de até 10 Mbps (teoricamente). isso pode ser feito em todas as faixas de frequência normalmente utilizadas para 2G, inclusive 900 MHz, onde as operadoras no Brasil costumam ter o espectro bastante fragmentado. Por ter metade da largura de banda, o canal consegue a metade da velocidade que conseguiria em uma transmissão completa. Mas ainda assim são, teoricamente, 10 Mbps, velocidade suficiente para a maior parte das funções demandadas.
A tecnologia S-UMTS ainda não foi certificada e padronizada pelo 3GPP, o que deve acontecer ainda este ano. A expectativa é que os primeiros chipsets com a tecnologia comecem a sair no primeiro semestre de 2014. Segundo a Qualcomm, celulares antigos podem receber os sinais transmitidos com essa técnica, desde que passem por atualização de software. Como essa troca de software é uma operação complexa, que envolve múltiplos vendors e configurações,  o mais provável é que apenas os chips da Qualcomm embarcados a partir do momento em que a tecnologia for padronizada tenham a possibilidade de operar com essa modulação. Segundo a Qualcomm, nesse momento estão sendo coletadas demandas das operadoras que queiram otimizar o espectro atual para testar a real demanda no mercado. A expectativa é que no primeiro semestre do próximo ano a tecnologia esteja disponível.

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Compartilhamento

Outro conceito que a Qualcomm está procurando passar ao mercado é um modelo de licenciamento de espectro patenteado chamado de ASA (Authorized Shared Access), que permite a reutilização das frequências licenciadas mas que estejam ociosas. Esse compartilhamento de espectro é uma forma de assegurar o uso mais eficiente das frequências com proteção para o serviço primário da faixa.

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