Gestão Biden mantém Huawei como ameaça à segurança dos EUA

Foto: Gage Skidmore

A administração de Joe Biden nos EUA deve dar continuidade ao boicote à fornecedora chinesa Huawei iniciado pela gestão de Donald Trump, indicou a Casa Branca ao longo desta semana.

Nesta última quarta-feira, 27, a porta-voz do governo Biden, Jen Psaki, adotou uma postura direta sobre o tema. "Os equipamentos de telecomunicações fabricados por fornecedores não confiáveis, incluindo a Huawei, são uma ameaça à segurança dos EUA e de nossos aliados", classificou a Secretária de Imprensa da Casa Branca.

"Garantiremos que a rede de telecomunicações norte-americana não use equipamentos de fornecedores não confiáveis e trabalharemos com aliados para que protejam suas redes e façam investimentos para expandir a produção de equipamentos por empresas confiáveis norte-americanas e aliadas", completou Psaki.

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A porta-voz já havia abordado o assunto na segunda-feira, 25, após ser questionada se a Huawei seria retirada da Lista de Entidades com negócios restritos nos EUA. Ainda que Psaki tenha afirmado que as medidas de Trump serão alvo de "revisão contínua", ela também deixou claro que a "a tecnologia está no centro da competição EUA-China".

"A visão do presidente é que precisamos adotar uma defesa melhor, o que deve incluir a responsabilização da China por práticas injustas e ilegais e garantir que as tecnologias americanas não estejam facilitando o crescimento militar da China", afirmou.

Na ocasião, Psaki acusou o país asiático de roubo de propriedade intelectual, espionagem industrial e transferência forçada de tecnologia. "[Biden] está firmemente empenhado em garantir que as empresas chinesas não possam se apropriar e usar indevidamente os dados norte-americanos. Precisamos de uma estratégia abrangente e sistemática que realmente trate de toda a gama de questões". O governo dos EUA ainda não apresentou provas dessas acusações, embora os próprios norte-americanos tenham pressionado países aliados a adotar o bloqueio.

Licenças

A Huawei está na Lista de Entidades dos EUA desde maio de 2019, mas classifica as acusações das quais é alvo como não comprovadas e politicamente motivadas. Em seu último mês na Casa Branca, Donald Trump chegou a revogar licenças que permitiam a venda de produtos para a chinesa por parte de certas companhias norte-americanas.

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