Com atuação 'de mercado', CPQD planeja expansão de negócios

A expansão para novas áreas de negócios e mercados faz parte dos planos para 2020 do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD). Com 22 anos de atuação como entidade independente da Telebras (a quem foi vinculada entre as décadas de 70 e 90) e totalmente posicionada como player de mercado, a fundação teve faturamento de R$ 223 milhões em 2019 a partir da atuação de projetos.

As verticais incluem desenvolvimento de hardware (com a reprodução e comercialização feita por terceiros, uma vez que o status da fundação impede a venda de equipamentos), fornecimento de software, serviços e consultoria. Dessa forma, o resultado consolidado da fundação sem fins lucrativos em 2019 ficou em R$ 12,3 milhões, considerando também a contribuição de empresas onde o CPQD tem participação, como a Padtec (46%) e a Trópico (100%).

No total, o centro de pesquisas conta com mais de 300 clientes, incluindo as principais operadoras de telecomunicações e players da indústria de equipamentos do País. Recentemente, os trabalhos em telecom incluíram os testes contratados pelas teles sobre o cenário de convivência do 5G com os sistemas TVRO na banda C, além da análise de concentração de espectro após a consolidação Claro/Nextel, realizada a pedido da TIM.

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"Hoje, todas as operadoras do Brasil são nossos clientes, além de empresas de Colômbia, Peru, Chile e Uruguai. Também temos solução do nosso portfólio em todos os grandes bancos e redes de adquirência, além das distribuidoras do setor elétrico", afirmou a diretora de vendas e marketing do CPQD, Sirlene Aveiro. Entre as metas para 2020 também estão a ampliação dos negócios com ISPs e o início de presença no México.

Durante encontro com jornalistas realizado nesta terça-feira, 28, em Campinas, o presidente do CPQD, Sebastião Sahão Junior, destacou o desafio de competir com empresas gigantes da cadeia de telecom que gastam "bilhões" contra os "milhões" investidos atualmente pela fundação. Até por esse motivo, o dirigente defendeu que o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) seja mantido como fonte de recursos em meio à reforma dos fundos públicos discutida no Congresso. O CPQD acessou R$ 16 milhões dessa fonte no ano passado.

De modo geral, as ambições do centro para 2020 são grandes e incluem diversas áreas de atuação, passando por cidades inteligentes, agro inteligente e manufatura avançada; na área de Internet das Coisas, a empresa ainda conta com a plataforma aberta dojot e projetos em andamento ao lado da Prefeitura de Campinas. 

Até a metade do ano há intenção de lançar uma nova plataforma open source, mas desta vez voltada para inteligência artificial; neste campo, o CPQD tem atuado em soluções para o agro, produtos de fala e prevenção de fraudes. No roadmap da fundação também estão projetos de  mobilidade elétrica e blockchain.

A chegada do 5G ao Brasil é outro tema que deve mobilizar esforços. Além de atividades de homologação, o CPQD já estuda a criação de um laboratório voltado para as redes de quinta geração. Representante do centro estiveram inclusive na China conversando com a China Academy of Information and Communications Technology (CAICT) sobre opções de funding e parcerias.

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