Brasil cresce mais de 80% no mercado de 3G em 2013

Com a divulgação nesta segunda-feira, 27, dos dados de dezembro do serviço móvel pessoal pela Anatel, é possível observar como o mercado brasileiro cresceu com maior foco em dados em 2013. Mas, no ano de lançamento do 4G no País, a estrela maior continuou sendo o 3G, que cresceu mais de 80% em um ano.

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Isso não se traduziu ainda em uma mudança na forma como o usuário consome a telefonia móvel, mas há sinais de maturidade no mercado. A proporção de acessos pré-pagos e pós-pagos diminuiu um pouco: em dezembro de 2012, havia 80,55% de linhas de plano pré-pago no mercado brasileiro e 19,45% de pós-pago. Atualmente, a relação é de 78,05% e 21,95%, ou cerca de 8,6 milhões de acessos pós-pagos a mais.

Entretanto, é em termos de tecnologia que se pode notar a preferência do consumidor brasileiro: houve um crescimento de 74,21% na banda larga móvel, ou 43,922 milhões de adições líquidas em 12 meses. No mesmo intervalo de tempo, o 2G perdeu 36,160 milhões de linhas (queda de 18,46%). Torna-se notável que o usuário está migrando para a terceira geração ou pulando direto para o WCDMA ou LTE quando ativa a sua primeira linha.

Isso fica visível pela proporção de acessos por tecnologia, que mudou drasticamente no curto intervalo de um ano. Se no final de 2012 o 2G representava 74,81% das linhas ativas no Brasil, agora representa 58,91%. Por sua vez, o mercado de handsets 3G subiu para 34,96% contra 20,04% no ano anterior – ou seja, os acessos com celulares de terceira geração cresceram 80,61%, totalizando 42,296 milhões de novas linhas.

Competição

No total, o País cresceu 3,55%, ou 9,292 milhões de adições líquidas. A operadora que mais cresceu em números absolutos foi a Claro, com 3,465 milhões de adições, aumento de 5,31%. Em seguida veio a TIM, com 3,055 milhões (4,34%), Vivo, com 1,107 milhão (1,45%) e Oi, com 978,5 mil (1,99%).

No 3G, a operadora que mais cresceu no ano também foi a Claro, com 14,923 milhões de novas linhas. A TIM aumentou sua base de terceira geração com mais 11,323 milhões de linhas, enquanto Vivo e Oi cresceram 8,734 milhões e 6,874 milhões, respectivamente. A Claro teve ainda mais desconexões no 2G: 12,086 milhões no ano. A Vivo vem depois com 9,681 milhões de desconexões, seguida de TIM (8,450 milhões) e Oi (5,862 milhões).

Desempenho tímido

Em se tratando de terminais de dados (tablets e modems, incluindo os com a tecnologia LTE a partir de abril), o mercado cresceu basicamente por conta da Vivo (com 392,8 mil novos acessos) e da Nextel (com 217,8 mil novas linhas). As outras operadoras observaram desconexões no período, com destaque para a TIM, que fechou o ano com 156,7 mil acessos a menos. Oi e Claro também diminuíram a base de terminais de dados, com queda de 104,6 mil e 35,7 mil, respectivamente.

Embora haja uma movimentação mundial para promover e discutir a Internet das Coisas, o mercado brasileiro de comunicação máquina-a-máquina (M2M) ainda continua tímido, limitado a SIMcards de máquinas de ponto de venda (POS) e alguns chips de monitoramento, especialmente em veículos. O aumento de 22,61% no ano representou um crescimento líquido de 1,529 milhão de novos acessos M2M, sendo que 90,57% desse aumento foi por causa da Vivo, que cresceu 1,122 milhão (73,40%) no ano de 2013. A líder desse mercado continua a Claro, que também cresceu (28,92%, ou 442,4 mil novas linhas), mas Oi e TIM caíram mais de 4% cada.

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