Para presidente da Alcatel-Lucent Americas, Brasil é espelho mundial

Cindy Christy, presidente da Alcatel-Lucent para as Américas, unidade que agora inclui o Brasil e os demais países da América Latina, enxerga o Brasil como um mercado que espelha vários outros mercados mundiais, e que por isso tem um papel importante para a empresa na definição de estratégias. As declarações vêm na esteira do contrato de cerca de US$ 1 bilhão por dois anos fechado entre a unidade brasileira Alcatel-Lucent e a Brasil Telecom. O contrato é, de certa forma, inédito pelo escopo e pelo tamanho. Nenhuma outra unidade da fabricante havia fechado, até o momento, um acordo para prover manutenção e gerenciamento de rede de uma operadora em tão larga escala. Segundo Jônio Foigel, presidente da Alcatel no Brasil, o contrato ainda está sendo finalizado em alguns pontos, principalmente no que diz respeito a quais serão as funções das dezenas de empresas que hoje fazem o papel que caberá à Alcatel-Lucent fazer nos próximos dois anos.
"São empresas com estruturas grandes e importantes que certamente serão aproveitadas". Nesse sentido, Christy diz que o Brasil funcionará como um modelo, uma moldura para outras regiões em que a Alcatel-Lucent atua, mostrando que hoje a ênfase nos serviços é tão importante quanto a venda de tecnologias na estratégia da empresa.
Em tempos de negociações globalizadas, a presença local não perde força, diz Christy. "É verdade que as compras são decididas hoje em escala global na maior parte dos casos, mas ter condições de atender a demandas locais específicas é importante", diz a executiva, dando a entender, que alguns concorrentes não teriam essa preocupação. Refere-se, aparentemente, a empresas asiáticas, sobretudo chinesas, que têm preços bastante agressivos, mas não necessariamente investem em presença local. "Os competidores chineses são muito fortes e estarão no mercado por muito tempo. A questão do preço é importante, mas inovação e tecnologia também são", diz Cindy Christy.

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Em relação a suas apostas tecnológicas para o futuro, Christy deixa claro que a conversão das redes para uma plataforma IP é o grande alavancador de negócios, na visão da Alcatel-Lucent. "O mercado de backhaul IP, por exemplo, é gigantesco", diz a executiva. (Samuel Possebon, de Nova York, a convite da Alcatel-Lucent)

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