Com receita praticamente estável, AMX Brasil recua no lucro operacional no 3º trimestre

Foto: pixabay.com/pexels.com

A América Móvil Brasil, que engloba Claro, Embratel e Net, mostrou receitas praticamente estáveis no terceiro trimestre, de acordo com balanço financeiro da empresa divulgado nesta quinta, 27. A companhia, que destaca impacto do cenário macroeconômico brasileiro, registrou crescimento nos serviços fixos, mas que foram ofuscados pela queda no serviço móvel. Assim, a tele apresentou redução no lucro operacional e no EBTIDA.

As receitas totalizaram R$ 9,074 bilhões (aumento de 0,1%) e R$ 27,112 bilhões (0,2% de queda) no trimestre e nos nove meses, respectivamente. As receitas do negócio móvel caíram 7,6% e 8,5% e totalizaram R$ 2,910 bilhões e R$ 8,863 bilhões no trimestre e semestre. Essas se dividem em receitas de serviços – R$ 2,664 bilhões (queda de 8,1%) no trimestre e R$ 8,037 bilhões (recuo de 8,6%) – e de equipamentos, com R$ 247 milhões (recuo de 0,8%) e de R$ 828 milhões (queda de 7,5%), respectivamente. Já as receitas fixas (que incluem também corporativo) totalizaram R$ 6,164 bilhões no trimestre (avanço de 4,2%) e R$ 18,249 bilhões entre janeiro a setembro (aumento de 4,4%).

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) caiu 2,2% no trimestre, totalizando R$ 2,408 bilhões. No acumulado do ano, o resultado foi de R$ 7,144 bilhões, diminuindo 1,9%. O lucro operacional foi de R$ 224 milhões (caiu 50,1%) no trimestre e R$ 565 milhões nos nove meses (recuo de 58,2%).

Notícias relacionadas

Claro Part.

Considerando os resultados consolidados da Claro Telecom Participações (que excluem dados de serviços de valor adicionados, prestados por outra empresa do grupo) divulgados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também nesta quinta-feira, a receita líquida da empresa no trimestre foi de R$ 8,192 bilhões, queda de 2,6%. Nos nove meses, a queda foi de 2,8%, total de R$ 24,455 bilhões. A receita líquida normalizada foi de R$ 8,454 bilhões (aumento de 0,5%) e de R$ 25,313 bilhões (0,6%), respectivamente. A companhia alega que o desempenho foi afetado negativamente pela redução de tarifas de interconexão e por "toda conjuntura adversa" do País em 2016.

O EBTIDA caiu 5,5% e 8% no trimestre e nos nove meses, totalizando R$ 2,371 bilhões e R$ 6,865 bilhões, respectivamente. O EBTIDA normalizado foi de R$ 2,575 bilhões, aumento de 2,6%; e de R$ 7,526 bilhões, aumento de 0,8%. A margem EBTIDA assim ficou em 30,5%, aumento de 0,6 ponto percentual (p.p.); e 29,7%, avanço de 0,1 p.p.. A Claro diz que a evolução do EBTIDA normalizado ocorreu devido a melhorias de eficiência operacional e otimização de custos.

O lucro operacional da empresa foi de R$ 402 milhões, diminuição de 38,1%, comparado ao terceiro trimestre de 2015. No acumulado do ano, a queda foi de 44,4%, total de R$ 1,081 bilhão.

A Claro Part. registrou prejuízo líquido de R$ 431,7 milhões, reduzindo em 62,1% o registrado no ano anterior. No acumulado do ano, a redução foi de 70,1%, total de R$ 964,2 milhões.

Dados operacionais

A base móvel da Claro caiu 9,7%, totalizando 63,519 milhões de acessos ao final de setembro. Desses, 46,233 milhões foram de pré-pagos (recuo de 14,7%), e 17,285 milhões de pós-pagos (aumento de 7,1%).

Os minutos de uso (MOU) caíram 3,2% e ficaram em 94. Já a receita média por usuário (ARPU) se mostrou estável em R$ 14. E o churn aumentou 0,3 p.p., encerrando o período com 3,8%.

As unidades geradoras de receita fixas (UGRs, que incluem acesso de banda larga, telefone e TV paga), totalizaram 36,983 milhões de acessos, com avanço de 0,6%.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!