O grupo Oi registrou lucro líquido de R$ 426,2 milhões no terceiro trimestre deste ano. A cifra corresponde a um aumento de R$ 72 milhões sobre o acumulado do trimestre anterior e queda de R$ 112 milhões na comparação com o registrado no mesmo período de 2010.
De acordo com o o diretor de finanças e relações com investidores da Oi, Alex Zornig, o lucro líquido aumentou no trimestre porque a operadora conseguiu compensar parte da perda da receita de telefonia fixa com o aumento das receitas de telefonia móvel e banda larga, juntamente com a redução de custos operacionais. "Conseguimos reduzir as perdas e estabilizar as receitas, mas ainda não o suficiente para fazer a receita voltar a crescer, mas vamos chegar lá", enfatiza.
A receita bruta da companhia entre julho e setembro foi de R$ 11 bilhões, enquanto a receita líquida encerrou o trimestre em R$ 7 bilhões. Em seu balanço, divulgado nesta quinta-feira 27, a empresa informa que a diferença anual “deve-se ao menor EBITDA, aliado à maior despesa financeira” nos 12 meses contabilizados.
Já a receita média por usuário (ARPU) da telefonia móvel da Oi apresentou crescimento de 2,8% em relação ao trimestre anterior, atingindo R$ 22,2, superando os R$ 21,6 registrados no trimestre anterior.
A empresa declara investimentos de quase R$ 1 bilhão no período, uma elevação de 60% nos aportes, comparando com o mesmo período de 2010. Em nove meses até setembro, a Oi totaliza mais de R$ 2,8 bilhões em investimentos. A quantia é o dobro do investido de janeiro a setembro de 2010, informa a Oi.
Custos e despesas operacionais — excluindo depreciações e amortizações — somam R$ 4,4 bilhões no consolidado do terceiro trimestre, atingindo uma redução de 2,8% no comparativo com o período anterior. A empresa alega que estes números refletem ganhos com eficiência acima da inflação do período.
A dívida líquida consolidada da operadora manteve-se estável no terceiro trimestre: R$ 16,1 bilhões, em 30 de setembro, representando 1,7 vez o EBITDA dos últimos 12 meses. Segundo a Oi, a estratégia de redução de custos e alongamento do prazo médio de pagamento das dívidas será mantido. O atual custo efetivo do passivo, acumulado em 2011, atinge 95% do CDI, “uma redução em relação aos 101,9% registrados no mesmo período do ano passado”. O prazo médio das dívidas alcançou 4,5 anos ao final de setembro.