Tellabs aposta na terceira geração para crescer no Brasil

Embora não esteja vivendo um bom momento globalmente, a fabricante norte-americana de equipamentos para telecomunicações Tellabs mostra-se satisfeita com os negócios no Brasil. A companhia tem obtido sucesso na venda de sistemas que permitem às operadoras móveis gerenciar a banda de acordo com a demanda do usuário. Além disso, a empresa tem conseguido bons contratos para atuar no backhaul das redes 3G e aposta no crescimento dos aparelhos multimídia como importante indutor de serviços de vídeo e, consequentemente, de capacidade para o backhaul das operadoras. "Backhaul é uma coisa que as operadoras móveis sempre vão investir", afirma Robert Pullen, CEO da Tellabs que está no Brasil para participar da Futurecom.
Prova dos bons ventos que sopram na vela brasileira da Tellabs é o crescimento de 117% na receita do terceiro trimestre do Brasil na comparação com o mesmo período do ano passado. Sem revelar nomes, o CEO afirma que a empresa está presente em quatro das seis maiores companhias móveis. "Em breve poderemos entrar na quinta", avisa. No último ano meio, a empresa dobrou o número de colaboradores no País, mas para se proteger dos competidores prefere não revelar o tamanho da equipe. Globalmente, entretanto, a empresa já cortou 225 postos de trabalho e amargou no terceiro trimestre do ano o maior prejuízo de toda a sua história US$ 998,5 milhões, ante um lucro de US$ 3,6 milhões um ano atrás. A receita caiu 7,4% no terceiro trimestre do ano para US$ 424,1 milhões. A Tellabs investe entre 16% e 17% por ano da receita em pesquisa e desenvolvimento.

Crise

Notícias relacionadas

Pullen analisa que a crise financeira inevitavelmente afeta o mundo todo. O primeiro impacto aconteceu cerca de um ano atrás com a queda no consumo do "novo" mercado residencial nos EUA, o que gera menor tráfego nas redes. Depois, os próprios bancos são grandes clientes de serviços de telecomunicações. "Se existe um número menores de bancos, existirá um menor número de clientes para os serviços de telecomunicações. A crise financeira teve um impacto negativo no gasto do consumidor, novos clientes residenciais e na entrega de serviços para o mercado corporativo", afirma.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!