Telemar lucrou R$ 301 milhões no terceiro trimestre

O lucro do grupo Telemar aumentou praticamente 50% do segundo para o terceiro trimestre, passando de R$ 203,8 milhões para R$ 301 milhões. Nos nove primeiros meses do ano a empresa acumula um lucro líquido de R$ 697,8 milhões. ?Nossa margem operacional melhorou, enquanto depreciações e despesas financeiras diminuíram?, explicou o diretor de finanças e relações com investidores da Telemar, Marcos Grodetzky.
A receita bruta da companhia foi de R$ 6,031 bilhões no trimestre. Desse total, as principais fontes de receita foram: telefonia local, com R$ 3,113 bilhões; longa distância, com R$ 932,8 milhões; telefonia celular, R$ 707 milhões; e comunicação de dados, R$ 535,8 milhões. A receita líquida no trimestre foi de R$ 4,234 bilhões, um pequeno crescimento frente ao trimestre anterior, quando foram registrados R$ 4,123 bilhões.
O Ebitda da companhia foi de R$ 1,747 bilhão, o que representa uma margem de 41,3%. O resultado foi um pouco acima do R$ 1,664 bilhão verificado no segundo trimestre.

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A receita com longa distância sofreu uma queda de 3% em relação ao segundo trimestre que registrou R$ 962 milhões. De acordo com Grodetzky, a redução se deveu a um tráfego ligeiramente menor no trimestre e à diminuição das tarifas de longa distância internacional.
No segmento de dados o destaque foi o Velox, serviço de acesso em banda larga da Telemar. O produto teve um aumento líquido de 90 mil assinantes no trimestre, fechando setembro com 731 mil usuários em 199 municípios onde está presente.

Oi com lucro

Um ajuste contábil conferiu à Oi seu primeiro trimestre no azul. A Telemar decidiu passar a parcelar em 12 vezes mensais os custos com subsídios de aparelhos em vez de lançar tudo de uma vez nos balanços. ?Nossa prática anterior era muito conservadora?, comentou Grodetzky. A mudança impactou positivamente no resultado financeiro da operadora celular nesse trimestre: em vez de um prejuízo de pouco mais de R$ 20 milhões, a companhia teve um lucro líquido de R$ 7,1 milhões. No segundo trimestre o prejuízo fora de R$ 95,4 milhões. E um ano atrás, no terceiro trimestre de 2004, o resultado negativo fora de R$ 186,9 milhões.
O ajuste contábil afetou diretamente o Ebitda da companhia, que saltou de R$ 71,2 milhões para R$ 164,6 milhões, do segundo para o terceiro trimestre. A margem Ebitda subiu de 10,4% para 22,6% no mesmo intervalo.
Contudo, é importante ressaltar que houve uma melhora na receita bruta da operadora celular: foram R$ 953,4 milhões, ante R$ 890,8 milhões no segundo trimestre. Merece destaque o crescimento de 20% do segundo para o terceiro trimestre na receita de serviços de valor adicionado, que aumentou de R$ 40,5 milhões para R$ 48 milhões, passando a representar 6,4% do faturamento da Oi.
De acordo com Grodetzky, a Oi foi responsável por 37% das adições líquidas em sua região de atuação. Dentre seus novos clientes no último trimestre, 31% são pós-pagos. A empresa afirma ter 24,9% do mercado nos estados onde opera. A companhia tem hoje mais de 9 milhões de assinantes.

Queixas

Em teleconferência para comentar os resultados da empresa, o diretor do grupo Telemar queixou-se da baixa margem de retorno sobre investimento no setor de telecomunicações. ?Bancos, siderúrgicas e outras companhias têm taxas até seis vezes maiores que as operadoras de telefonia?, reclamou. O executivo não vislumbra uma melhora nessas margens antes de pelo menos mais três anos. Aproveitando o mote, disse esperar que a implementação do telefone social não gere mais prejuízos para as teles.

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