Piloto no DF indica viabilidade do 5G FWA na conexão de escolas

Foto: Fabiano Morari/MCom

Uma parceria entre o Ministério das Comunicações, (MCom), Governo do Distrito Federal, CPQD, Intelbras e as operadoras Claro e TIM realizou um programa piloto de uso da tecnologia 5G FWA (Fixed Wireless Access, ou acesso fixo sem fio) em seis escolas públicas do DF.

O piloto teve como objetivo verificar se a FWA é uma tecnologia viável para prover escolas desconectadas da tecnologia de banda larga. Os resultados teriam indicado que a tecnologia conseguiu prover velocidades que podem ser utilizadas no programa de Escolas Conectadas. Na avaliação do ministro Juscelino Filho, a tecnologia se mostra como mais uma alternativa para unidades escolares.

A frequência usada no piloto foi a de 3,5 GHz e a velocidade máxima alcançada durante os testes chegou a 945 Mbps em uma das escolas, de acordo com o relatório produzido pelo CPqD.

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O relatório publicado pelo CPqD com os resultados do piloto mostra as velocidades médias (donwlink/uplink) e a velocidade média entregue por aluno em cada escola. Confira abaixo:

De acordo com os parâmetros definidos na Enec, a conexão de Internet nas escolas deve ter velocidade de 1 Mbps por aluno no maior turno (marca que não foi atingida em todas as escolas do piloto).

O projeto envolveu um total de 2.456 alunos, nas seis escolas. Em todas elas, cerca de 99,9% do uso de dados dos usuários conectados via Wi-Fi fornecido por FWA também mantiveram-se na faixa de até 20 Mbps nos momentos de pico de usuários conectados simultaneamente. A maior escola esteve com 105 usuários conectados ao mesmo tempo em um determinado momento.

O piloto no DF teve dois meses de duração para essa avaliação do uso da tecnologia 5G FWA para fins pedagógicos. Foram escolhidas escolas localizadas em diferentes regiões administrativas do DF e situadas a pelo menos 800 metros de distância da torre de telefonia móvel.

O link de acesso à rede 5G foi fornecido pelas operadoras Claro e TIM. Na escola, o sinal 5G recebido pelo CPE, fornecida pela Intelbras, foi distribuído localmente.

A equipe do CPQD foi responsável pela implantação da rede e a instalação dos equipamentos nas seis escolas selecionadas para o piloto, que aconteceu nos meses de março e abril.

Lições aprendidas

No documento, o CPQD aponta algumas dificuldades enfrentadas durante os testes que merecem atenção do poder público no momento em que a tecnologia for implementada nas escolas. Entre elas, estão:

  • Condições inadequadas da infraestrutura escolar: Um aspecto que merece atenção é a infraestrutura física das escolas. Segundo o CPQD, a estrutura das unidades escolares  revelou-se inicialmente um desafio para suportar a implementação da
    tecnologia 5G FWA de forma robusta e resiliente. Entre os problemas enfrentados, estão ausência de locais apropriados para instalação, disponibilidade ininterrupta de energia, intervenções humanas não apropriadas, prejudicam a qualidade e confiabilidade da conectividade, podendo resultar em uma percepção negativa por parte dos usuários.
  • Necessidade de conhecimento técnico para a instalação e manuseio dos equipamentos que envolvem a conectividade por meio do FWA;
  • Saber onde existem ERBs  próximas das escolas. Isso facilitaria as atividades de Site Survey, garantindo uma maior agilidade e eficiência nas instalações dos equipamentos. Considerando uma implantação em larga escala é fundamental que as empresas operadoras forneçam essas informações atualizadas;
  • Potencialidade da tecnologia subutilizada: As informações iniciais indicam que as escolas não estão aproveitando plenamente o potencial da tecnologia 5G FWA. Para o CPqD, isso pode ser atribuído a uma falta de conhecimento sobre as capacidades da tecnologia, e engajamento dos responsáveis pela gestão escolar.

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