Ainda há 74,2 milhões de brasileiros sem telefone celular, segundo IBGE

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta sexta, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que a necessidade de ter mais de um SIMcard para efetuar ligações on-net acaba mascarando a penetração real da telefonia celular no Brasil. Segundo o levantamento, em 2012 havia 122,7 milhões de pessoas com dez anos de idade ou mais que possuíam telefone celular para uso pessoal no País, alta de 6,3% em relação aos 115,4 milhões de 2011. Assim, de acordo com os números do IBGE, ainda há 74,2 milhões de brasileiros sem telefones celulares. Cabe ressaltar que este número inclui as crianças com menos de 10 anos. Considerando que em dezembro de 2012 o Brasil registrou 261,8 milhões de acessos móveis (que consideram acessos, e não número de aparelhos), segundo a Anatel, isso significa 2,13 conexões por usuário em média.

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Segundo o Pnad, a penetração de aparelhos no País é de 72,7%, 3,6 pontos percentuais acima de 2011. A maior penetração é na região Centro-Oeste, com 81,6% (crescimento de 2,9 pontos percentuais – p.p.), seguida pela região Sul (77,2%, aumento de 3,7 p.p.), Sudeste (77,1%, aumento de 3,3 p.p.), Norte (64,6%, 4,1 p.p.) e Nordeste, com 63,5% de penetração. Apesar de ser a região com menor teledensidade, o mercado nordestino foi o que mais cresceu no período, com 4,1 p.p. em relação a 2011.

A região Norte apresentou o maior crescimento na quantidade de habitantes com aparelhos, saltando de 8,07 milhões para 8,76 milhões de pessoas com um celular, seguida pelo Nordeste, com 29,2 milhões de usuários e crescimento de 8,1%. O Sudeste é o que tem o maior número de pessoas com celular (55,5 milhões de usuários, aumento de 5,3%) e o Centro-Oeste, o menor número (10,2 milhões de pessoas) e o menor crescimento (4,4%). A região Sul contabilizou 18,9 milhões de pessoas com telefone celular, 6,7% a mais que em 2011.

O levantamento constatou também a predominância cada vez maior da telefonia móvel sobre a fixa como única opção nas residências brasileiras. O levantamento calcula que 1,9 milhão de domicílios possuíam somente telefone fixo (3% do total de domicílios pesquisados). Isso representa uma queda de 12,5% em relação aos 2,1 milhões de 2011. Já os domicílios com apenas telefone móvel saltaram 5,7%, saindo de 30,4 milhões para 32,2 milhões, representando 51,4% do total de domicílios. Residências com os dois tipos de telefones totalizaram 23,1 milhões (36,9% do total).

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