Empresas pedem concatenação de chamadas em 60 segundos, e não em 120 segundos

Em uma consulta pública dominada pela participação de cidadãos, as empresas de telefonia móvel apontaram as complexidades sistêmicas para a implantação da nova regra de chamadas em ligações celulares e sugeriram que a concatenação seja obrigatória para as chamadas efetuadas em até 60 segundos entre os mesmos números. A proposta colocada em consulta pública pela Anatel prevê que a concatenação acontecerá para chamadas destinadas ao mesmo número em 120 segundos.

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Segundo a contribuição da Vivo, a regra atual – segundo a qual são concatenadas as chamadas com duração entre 4 e 30 segundos realizadas em até 120 segundos – resulta na concatenação de cerca de 1,5% do total de chamadas de uma operadora. Porém, com a proposta da Anatel, todas as chamadas são passíveis de concatenação, o que resultará na análise e tratamento de praticamente mais de 1 bilhão de registros por dia por operadora.

Segundo análise interna da Vivo, praticamente 80% das chamadas sucessivas ocorrem em intervalo de até 60 segundos. Tecnicamente, a manutenção de um bilhete de chamada aberto por longo tempo para uma possível concatenação consome recurso de hardware. A Vivo explica que tal alteração consiste em nova especificação técnica em diversos sistemas de TI, mediação, tarifação e plataforma de pré-pago, no desenvolvimento dos códigos fontes de cada um dos referidos sistemas, em testes individuais e integrados, e consequente homologação e implantação, que podem demandar cerca de alguns meses para implantação. As empresas sugeriram também que a Anatel crie um grupo de trabalho para a implantação da nova regra, assim como foi feito com a portabilidade numérica, e que a nova regra seja implantada em pelo menos 120 dias.

Já a TIM e a Claro sugerem que as chamadas que caírem por iniciativa do usuário fiquem de fora da nova regra de concatenação. "A alteração da forma como foi proposta aumentará muito o volume de chamadas a serem analisadas, para posterior concatenação, já que não mais se estabelece o limite superior de tempo das chamadas, nem mesmo o motivo pelo qual tal chamada tenha sido encerrada", diz a contribuição da Claro. A operadora também informa que os seus 63 milhões de clientes geram mensalmente algo em torno de 10 bilhões de bilhetes de chamada, que, com a nova regra de concatenação, devem ser mantidos à espera dos próximos bilhetes.

Também alegando a complexidade de alteração em sistemas, a Oi propõe que a regra em consulta pública valha apenas para as chamadas de planos de tarifação por chamada. Para as ligações com tarifação por minuto, pela sugestão da Oi, valeria a regra atual.

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