Bernardo descarta vantagens a vencedores do leilão de 2,5GHz na disputa pelo 700 MHz

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, descartou a possibilidade de vincular uma eventual licitação da faixa de 700 MHz àquela já leiloada neste ano – 2,5GHz – para o uso na telefonia 4G.

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Segundo ele, seria impossível colocar este pedaço do espectro disponível às operadoras de outra maneira que não seja uma nova licitação e, muito menos que possa haver vantagens às empresas que já detêm frequência para fazer o 4G. “É outra licitação, e é impossível fazer diferente disto porque a lei não permite”, disse Bernardo a este noticiário.

O ministro participou nesta segunda-feira, 27, de reunião com empresários em São Paulo. Durante apresentação no evento, Bernardo voltou a afirmar que é possível desligar, ao menos parcialmente, o sinal analógico da televisão antes de 2016.

Caso esta previsão se confirme, o dividendo digital poderia ser leiloado já no segundo semestre de 2013. “É possível, sim, cumprir o cronograma. E, em boa parte do País, como São Paulo, a digitalização já está quase completa. Ou seja, podemos apagar o analógico em algumas áreas e manter em outras”.

No entanto, o ministro das Comunicações prefere adotar um tom de cautela quanto ao desligamento total do sistema de transmissão de TV no Brasil, e afirma que o Minicom tem promovido estudos para encontrar o melhor caminho para o ‘switch off’ da TV analógica. “Avaliamos uma flexibilização do prazo já no próximo ano em algumas localidades e em grandes centros e existe a possibilidade de a licitação ser feita e a entrega da faixa aos ganhadores ser condicionada à desocupação por parte das radiodifusoras”.

Continuidade

Em entrevista à TELETIME de agosto, Carlos Zenteno, presidente da Claro, disse que espera alguma vantagem às operadoras que adquiriram espectro para cobertura 4G em 2,5 GHz, uma vez que as teles já tiveram de desembolsar grandes quantias naquele primeiro leilão e ainda terão de investir para atender às metas de cobertura do edital a partir de 2013. Para ele, "os novos players teriam que entrar com condições diferentes dos que já adquiriram no primeiro lote, que teriam a nova faixa como complemento".

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