Governo e empresas preparam metas de banda larga para 2014

O ano de 2014 deve ser um marco para o mercado de banda larga no Brasil. Ou pelo menos para que se chegue a algumas metas que começam a ser estabelecidas pela indústria e pelo governo. O Plano Nacional de Banda Larga, em elaboração pelo Ministério das Comunicações, deverá balizar para o ano da Copa do Mundo no país as primeiras metas em relação ao atendimento de acessos em alta velocidade à Internet, segundo apurou este noticiário. O plano deve ser apresentado a outros órgãos do governo ainda em setembro. No que cabe ao Minicom, ele será centrado na parte de infraestrutura, mas já é certo que o projeto precisará ser complementado por outros órgãos do governo em relação a aplicações e conteúdos. Esse trabalho deve ser feito pelo recém criado Comitê de Inclusão Digital, órgão multidisciplinar coordenado pela Casa Civil.
Segundo Antônio Valente, presidente da Telefônica no Brasil e da associação Telebrasil, as empresas estão dispostas a apresentar, de sua parte, um conjunto de propostas para massificar a banda larga, e isso deve ser feito na chamada Carta do Guarujá, documento final do 53º Painel Telebrasil, que acontece nesta quinta, 27, no Guarujá/SP. "Queremos buscar formas de incentivar o mercado a chegar a determinados níveis de penetração e atendimento. Mas é preciso lembrar que além da oferta por parte das empresas, é preciso que se estimule a demanda", disse Valente.
Foco na Copa

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A data de 2014 também foi colocada pelo diretor de inovação da Finep, Eduardo Costa. Ele lembrou que para a organização de um evento como a Copa do Mundo, além de toda a necessidade de infraestrutura de telecomunicações inerente ao evento, existe a mensagem que precisa ser deixada pelo país. "São 3,3 bilhões de telespectadores, 200 milhões de brasileiros que usarão redes de telecom no período, 1 milhão de turistas estrangeiros e 10 milhões de familiares e amigos desses turistas que dependerão de uma boa infraestrutura. Essa é a melhor mensagem que o país pode passar", disse Costa.
Márcio Wohlers de Almeida, diretor do Ipea, ressaltou também o papel que a banda larga tem ocupado em diferentes países no enfrentamento da crise econômica, e listou alguns investimentos feitos no serviço como forma de combater o efeito da recessão mundial. Segundo dados da OCDE, a Austrália anunciou investimentos de US$ 33,4 bilhões em infraestrutura, seguida pelo Japão (US$ 29 bilhões), EUA (US$ 7,2 bilhões), União Européia (US$ 1,4 bilhão), Luxemburgo (US$ 285 milhões), Alemanha (US$ 219 milhões), Canadá (US$ 211 milhões), Finlândia (US$ 96 milhões) e Portugal (US$ 73 milhões), sendo que estes dois últimos países não programaram investimentos no setor bancário. Wohlers lembrou que esses investimentos em banda larga precisam estar associados a um plano nacional de competitividade para que gerem efeito em toda a economia.

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