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Oi classifica postura da Claro como "oportunista"

"Portabilidade com desbloqueio é liberdade. Portabilidade sem desbloqueio é só oportunismo". Esse é mais um capítulo da disputa pública que Oi e Claro travam nas páginas dos jornais e na TV. Dessa vez, a Oi, no entanto, talvez tenha sido mais ousada ao classificar a postura da concorrente como "oportunismo". No final de semana a Claro veiculou uma campanha na TV na qual afirma que a portabilidade é o "verdadeiro direito de escolha", o que foi respondido pela Oi nesta quarta-feira, 27, nos principais jornais que circulam em São Paulo e na Região 1.
O oportunismo, segundo o anúncio da Oi, reside no fato da concorrente acenar com a bandeira da portabilidade, mas manter a prática de vender aparelhos bloqueados. "Portabilidade é poder mudar de operadora e levar seu número atual para a operadora que você escolher. E liberdade é poder levar o seu número e o seu aparelho para esta nova operadora", diz o anúncio. Para o diretor de mercado da Oi em São Paulo, Roderlei Generali, "não existe a equação portabilidade mais aparelho bloqueado". "O cliente tem que comprar um outro aparelho se quiser mudar de operadora! É por isso que a gente chama isso de oportunismo", afirma.
Apesar das ácidas críticas do diretor da Oi, apenas os clientes que tenham contratos de fidelidade é que precisariam comprar outro aparelho para usar em outra operadora. De acordo com o novo regulamento do SMP, todas as empresas são obrigadas a desbloquearem gratuitamente os terminais. Mas a Oi, mais uma vez inova ao se colocar à disposição para desbloquear os aparelhos também dos concorrentes. Perguntando se o fato, embora não seja ilegal, não poderia ser considerado falta de ética, Generali ameniza um pouco a situação ao lembrar que existem inúmeras lojas que oferecem o serviço e até sites na internet explicando passo a passo para desbloquear aparelhos. Desta vez sem citar a Claro, mas em óbvia referência a ela, Generali compara a questão da portabilidade com a 3G. "Portabilidade não é bandeira de ninguém. É a mesma coisa com tecnologia. O 3G também não é bandeira de ninguém", afirma. Procurada, a Claro disse que não se pronunciaria sobre o assunto.

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Operação

A Oi já contabiliza mais de 20 mil aparelhos desbloqueados no Estado de São Paulo, o que dá uma média de 2 mil por dia. O subsídio e, consequentemente, a venda de aparelhos bloqueados é tido como responsável pelo incrível crescimento que o mercado teve no Brasil ao propiciar que as camadas de menor poder aquisitivo pudessem ter acesso ao serviço. Na visão do executivo, no entanto, o mercado vive uma nova fase, já que muitas pessoas já trocaram de aparelho até mais de uma vez e não sabem o que fazer com os aparelhos antigos. "Há um parque enorme de aparelhos nas gavetas. Se a empregada doméstica não pode comprar um aparelho a preço de mercado, na casa onde ela trabalha certamente tem três ou quatro aparelhos nas gavetas. Com o desbloqueio esses aparelhos voltam para o mercado. Essa é a mágica do negócio", analisa.
Roderlei Generali disse que já tem uma data marcada para o início das operações no Estado, mas preferiu declinar apenas que será na primeira quinzena de outubro. O escritório da companhia já está montado em São Paulo e conta com mais de 600 funcionários diretos, 1800 promotoras em lojas de varejo e 5 mil funcionários na implantação da rede. O executivo informa que a Oi vai chegar com cobertura de 90% da população e 3G nas principais regiões.

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