Costa diz não ver indícios de que investigações da PF prejudiquem fusão

O ministro das Comunicações Hélio Costa afirmou nesta quarta, dia 21, em São Paulo, que não recebeu nenhuma informação da Polícia Federal ou do Ministério Público sobre qualquer fato apurado pela Operação Satiagraha que possa atrapalhar o processo de consolidação entre Oi e Brasil Telecom. Costa disse que se isso acontecer, poderá pedir mais detalhes.
A declaração de Hélio Costa é semelhante à da Anatel. A agência não tomou nenhuma providência no sentido de procurar o Ministério Público, mesmo confrontada com diálogos gravados com autorização judicial durante a Operação Satiagraha em que a advogada do Opportunity, Danielle Silbergleid, diz ter havido pedido de dinheiro por parte da "FCC brasileira" para resolver processos administrativos contra o Opportunity. Segundo declarações do delegado Protógenes Queiroz à CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas, a investigação Satiagraha se deparou com elementos relacionados às negociaçõeos para a fusão entre as duas empresas. Este noticiário apurou que há centenas de diálogos apontados pela Polícia Federal como indícios de crimes justamente no processo de reestruturação societária entre as empresa da cadeia de controle da Brasil Telecom e Telemar. E, por fim, como também revelou este noticiário, houve busca e apreensão na sede do Rio de Janeiro da empresa Angra Partners, gestora dos investimentos dos fundos de pensão e onde ficam os registros das empresas que controlam a BrT (Solpart, Zain, Invitel e Argolis).
Segundo fontes da Casa Civil, o governo está tranquilo em relação à Operação Satiagraha já que a conversa flagrada entre Gilberto Carvalho (secretário do presidente Lula) e o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (advogado de Daniel Dantas) teria sido uma simples conversa entre velhos conhecidos. Segundo depoimento de Daniel Dantas à CPI, Greenhalgh foi contratado para tratar de questões junto aos fundos de pensão (que participam da operação de fusão com a Oi). Nesta quarta, 27, deputados da CPI voltaram a cobrar a entrega do contrato de prestação de serviço entre Greenhalgh e Dantas que o próprio banqueiro se comprometeu a entregar e ainda não o fez.

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A Casa Civil continua, segundo a fonte, apoiando a fusão, por entender que traria equilíbrio competivivo ao mercado, mesmo que a empresa seja vendida depois para um grupo estrangeiro. "A questão de ser um grupo nacional forte nunca foi preocupação do governo", diz a fonte.

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