EAF pode requerer mais 60 dias caso não consiga entregar 3,5 GHz nas capitais em agosto

Após a liberação do espectro em Brasília, Belo Horizonte, João Pessoa e Porto Alegre, os trabalhos da Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF) continuarão para atender a meta de deixar a frequência livre para o 5G em todas as capitais até o final de agosto. Mas é possível que seja novamente necessário um prazo maior para a conclusão do processo, solicitando à Anatel outros 60 dias – ou seja, final de outubro – para a entrega de cidades que eventualmente estariam de fora. 

O presidente do Grupo de Acompanhamento (Gaispi) e conselheiro da agência, Moisés Moreira, diz que a EAF ainda não sinalizou se haveria alguma necessidade dessa prorrogação, e que por isso a expectativa continua sendo a de que todas as capitais tenham o 3,5 GHz liberado ao final de agosto. "Mas poderá ocorrer, e se ocorrer, tem saída para isso", disse ele em coletiva de imprensa virtual após a reunião extraordinária do grupo nesta quarta-feira, 27, que liberou o espectro nas capitais mineira, paraibana e gaúcha

"Se ocorrer o risco, o Gaispi precisará submeter de novo ao Conselho Diretor quais serão as capitais e solicitar a prorrogação por mais 60 dias", explica. "Temos a expectativa da EAF, mas não descarto a possibilidade de se encontrar dificuldade em uma ou outra capital. É coisa normal. Até então, [ainda] tenho sinalização de que, até o final de agosto, todas deverão estar completas."

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Processos

Durante a coletiva de imprensa, os membros do grupo de acompanhamento foram enfáticos ao dizer que não há previsão concreta de quais próximas capitais poderão lançar o 5G. Moreira disse não ter conhecimento ainda sobre a perspectiva da EAF de liberar o 3,5 GHz em Curitiba no início da segunda semana de agosto, mas destacou que, além da capital paranaense, as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Salvador também estão sendo trabalhadas no momento pela entidade. Ressaltou ainda que a próxima reunião ordinária do Gaispi será no dia 10 de agosto, mas que, naturalmente, poderá marcar reuniões extraordinárias caso a EAF comunique a limpeza da faixa antes. 

O coordenador do grupo de trabalho da desocupação da faixa no Grupo, Alex Pires de Azevedo, colocou que a entidade já comprou todos os filtros necessários para o atendimento nas capitais, mas que a ordem e o prazo de entrega é fracionado. "Na medida em que os produtos estão chegando, ela vai utilizando a ordem de entrega para atender certas cidades", diz. Entra nessa conta ainda a quantidade de equipamentos necessários em cada cidade. 

Brasília

Com o 5G em funcionamento desde o dia 6 de julho, Brasília tem mostrado resultados dentro do esperado, segundo o Gaispi. Azevedo explica que foram quatro casos de interferência nas estações profissionais identificados pela "sala de guerra" da EAF, dos quais três eram improcedentes por não terem o equipamento cadastrado (portanto, sem a garantia de proteção dos filtros) e, no outro, com um erro de cadastro. 

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