TIM terá parceiro de carteira digital definido em agosto

[Publicado no Mobile Time] A TIM avança em sua estratégia de serviços e planeja mais lançamentos até o final de 2021. Batizada de Customer Platform, essa divisão de negócios da operadora ganhará uma carteira digital e um serviço de telemedicina em breve, como compartilhou em coletiva com a imprensa Pietro Labriola, CEO da companhia, nesta terça-feira, 27.

Renato Ciuchini, head de estratégia e transformação da TIM, confirmou que a operadora definirá uma entre duas carteiras digitais que estão em sua lista. A escolha, segundo o executivo, deve sair até o final de agosto e será apresentada ao mercado em setembro.

Por mais que esteja avançado pelo lado da TIM, Labriola mantém a esperança de criar uma carteira conjunta com as outras operadoras: "Queremos um parceiro que se possa juntar com as outras operadoras. Esse sonho (carteira conjunta) não acabou. Pelo sentido de compliance, talvez seja melhor um parceiro técnico para depois juntar a indústria. Temos capacidade de juntar R$ 2 bilhões em recarga", explicou o CEO. Claro, Oi e Vivo já se manifestaram a favor em 2020.

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"No mercado, a TIM tem de 30 a 35 milhões clientes pré-pagos. A infraestrutura que todo mundo tenta enxergar em digital wallet nós temos, como customer base, além da capacidade em transformar moeda física em digital. O que nos falta são elementos técnicos", completou.

Na conferência com analistas financeiros, que ocorreu antes da coletiva com a imprensa especializada, Ciuchini explicou que o parceiro de carteira será escolhido com base em potencial de "sobrevivência" para as consolidações que devem acontecer no segmento de digital wallet brasileiro.

Ainda em finanças, Labriola disse que não tem informações sobre uma possível compra do C6 pelo JP Morgan. Vale dizer, a TIM chegou a 3% de equity stake no C6 no segundo trimestre de 2021 e contabiliza aproximadamente 3 milhões de contas abertas, além de obter uma receita de R$ 20 milhões nesta parceria.

Ao todo, a receita da Customer Platform aumentou 65% na comparação trimestre a trimestre, de R$ 17 milhões para R$ 29 milhões. Ou seja, a maior fatia desse faturamento vem do C6 (R$ 20 milhões), e o restante foi obtido com publicidade (R$ 9 milhões).

Publicidade

Outra frente da Customer Platform é a publicidade digital. Assim como acontece com a carteira, os executivos da TIM alimentam o sonho de criar uma frente das operadoras em oferta de publicidade, de modo que possam fazer frente aos principais players do mercado de publicidade digital, Google e Facebook.

"A TIM tem 20% a 30% do mercado, com a entrada da Oi. Para atingir 100%, nós (operadoras) teríamos que nos unir", disse Ciuchini. "Temos uma plataforma de Ads que começa a ser bastante completa. De um lado temos os usuários com interesse em participar do programa em troca de anúncios por conectividade. Temos uma audiência de 19 milhões com opt-in. Criamos uma plataforma junto com Accenture, similar ao Google. Temos vários canais onde essa mídia será apresentada", explicou.

O head de transformação disse ainda que "existe uma disrupção" no mercado com a mudança para o Google (do cookieless) e de privacidade no iOS 14. Com isso, Ciuchini percebe que "abre uma janela de oportunidade" para a TIM em publicidade digital: "Nós podemos competir de uma forma mais estruturada com esses players – Google e Facebook", concluiu.

Educação e saúde

Outros dois negócios da Customer Platform que devem ganhar são as frentes de educação e saúde. Recém-lançada por meio do app Ampli (AndroidiOS), a oferta de educação junto com Kroton (controlada pela Cogna) ganhará mais produtos. De acordo com o head de transformação, o projeto atual foi lançado almejando os consumidores que começam as aulas no segundo semestre.

Adicionalmente, um novo cronograma com mais produtos será lançado próximo do final de 2021. Neste segmento, a TIM prevê um potencial de atingir 80 mil estudantes.

Por sua vez, o serviço de telemedicina está em "discussões mais amplas", segundo Labriola. Atualmente, a operadora conversa com mais de dez players do mercado de saúde digital para criar sua solução de E-Health, de grandes companhias a startups. Mas a expectativa é que esse serviço também seja adicionado no segundo semestre de 2021.

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