TIM aposta na migração para fibra por capacidade e contra roubo de cabos

Além da preocupação de se manter competitiva na banda larga fixa pela maior capacidade, a estratégia de fibra da TIM tem outro objetivo: evitar os gastos associados com o furto e roubo de equipamentos, sobretudo de cabos de cobre.

Parte dessa estratégia é de realizar a migração da base atualmente em cobre na última milha (FTTc) para a fibra até a residência (FTTH) por meio da sobreposição (overlay) da rede mais antiga com a nova tecnologia. O processo já foi iniciado no Rio de Janeiro, onde 50% da rede FTTc já foi substituída. A mesma estratégia começou a ser implantada em São Paulo.

São dois dos principais mercados da operadora por conta não só de serem centros econômicos, mas também pela própria infraestrutura da rede metropolitana da empresa, adquirida da AES Eletropaulo. Vale lembrar que a empresa também tem como arma o spinoff da unidade de fibra, cujo controle (51%) foi vendido para a IHS em maio.

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Alberto Griselli, CRO da TIM, explica que também houve impacto de um problema notório para o setor: o roubo de cabos. "Começamos antes no Rio porque de fato, noto que em algumas áreas de cobertura havia quadrilha especializada em roubo de cobre. Na medida em que o cobre é roubado, cria um problema para nossos clientes, porque o serviço não fica mais tão estável", destacou ele em coletiva de imprensa nesta terça, 27. 

Além desse problema na prestação do serviço em si, a TIM acaba tendo maiores gastos, seja para repor os equipamentos furtados, seja para deslocar a operação de campo. Tudo isso gera um custo na operação e para "proteger o serviço" no Rio de Janeiro.

Em São Paulo, há outra abordagem. "É um pouco diferente, a praça é muito competitiva. Estamos selecionando as áreas onde queremos proporcionar melhora de qualidade de serviço e performance. Começamos este ano o overlay para promover para clientes uma experiência de navegação com velocidade maior, especialmente comparada com o cabo", dispara Griselli.

Vale lembrar que não é um problema exclusivo da TIM. A Oi revelou na semana passada ter gastos anuais de R$ 200 milhões com roubo de cabos e equipamentos, sobretudo em sua rede de cobre. É inclusive uma das previsões de cortes de custos da operadora com a estratégia de migração para a fibra.

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