Financiamento para Oi Móvel e 5G está 'bem executado', afirma a TIM

A TIM entende estar bem encaminhada financeiramente neste ano para dois grandes planos: a incorporação de fatia da Oi Móvel e o leilão do 5G. A operadora afirmou nesta terça-feira, 27, que o financiamento para a transação foi "bem executado", corroborado por um desempenho positivo do fluxo de caixa apresentado.

"Já estamos hoje quase no nível de dívida que esperávamos chegar para a aquisição dos ativos da Oi. Está claro que nosso fluxo de caixa está melhor do que estávamos prevendo", explica o CFO da operadora, Adrian Calaza, em uma de suas últimas participações na companhia. Outro destaque foi a emissão de debêntures "sustentáveis", relacionadas a metas de ESG, no valor de R$ 1,6 bilhão.

Contribui também para o posicionamento a venda do controle (51%) da FiberCo para a IHS, por R$ 1 bilhão. "Agora estamos vendo que provavelmente vamos ter alguma operação adicional na casa de outros R$ 1 bilhão. Não temos urgência, estamos vendo a janela [de oportunidades] e qual pode ser o produto", afirma.

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Segundo Calaza, a posição é confortável, o que também é refletido na relação de dívida líquida com o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA). "Quando chegar a operação com a Oi, a nossa dívida ainda vai estar muito baixa. E em um momento esperamos ter acima de 0,5x EBITDA, o que é um nível por demais confortável para qualquer empresa". 

A TIM é a que mais desembolsará na compra do ativo: serão 44% dos valores do preço base total mais os serviços, o que dá por volta de R$ 7,3 bilhões. Considerando apenas o contrato de capacidade, a operadora será responsável por 58% do VPL, o que resulta em uma quantia de R$ 476 milhões. Claro e Vivo desembolsarão, respectivamente, R$ 5,5 bilhões e R$ 3,4 bilhões. 

Leilão do 5G

Na visão da operadora, o processo de aprovação do edital do leilão de 5G está decorrendo normalmente. A previsão é que entre setembro ou outubro o certame seja realizado, após a apreciação no plenário do Tribunal de Contas da União em 18 de agosto. Diferente do caso da compra de parte da Oi Móvel, contudo, a participação no leilão terá menor gasto inicial, uma vez que não há viés arrecadatório, mas em compromisso de investimentos.

"O valor das frequências, que não são apenas o 5G, vai estar determinado pelo valor atual das obrigações futuras. Nosso esforço financeiro vai estar diluído com o tempo. Tem um esforço adicional, mas está dentro do nosso plano de financiamento para o ano todo", completa Adrian Calaza. Ao encaminhar o edital para o TCU, a Anatel estimou o valor total do leilão em R$ 44 bilhões.

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