Ainda sem um novo CEO após a saída de Flavio Cattaneo, a Telecom Italia divulgou nesta quinta-feira, 27, balanço financeiro referente ao primeiro semestre deste ano com aumento nas receitas especialmente por conta do desempenho da TIM Brasil, sua controlada. O grupo italiano registrou 9,772 bilhões de euros no primeiro semestre, aumento de 7,4%. Enquanto as operações domésticas aumentaram 3,4% e somaram 7,494 bilhões de euros, as do Brasil cresceram 23,4% e fecharam junho com 2,293 bilhões de euros, representado assim 23,5% do total de receitas da companhia.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) foi de 4,114 bilhões de euros, um aumento de 10,4% em relação ao primeiro semestre de 2016. A margem EBTIDA subiu 1,1 ponto percentual e ficou em 42,1%. Por sua vez, o lucro operacional foi de 1,871 bilhão de euros, aumento de 10,9%. O lucro líquido nos seis primeiros meses do ano foi de 2,016 bilhões de euros, um aumento de 3,68%.
A dívida liquida em junho era de 25,104 bilhões de euros, 15 milhões a menos do que o registrado no final de dezembro do ano passado.
Por meio de comunicado, o chairman executivo do grupo italiano e CEO da controladora Vivendi, Arnaud de Puyfontaine, enfatizou que "os resultados dos primeiros seis meses do ano constituem uma fundação sólida para a segunda fase do plano de relançamento da TIM (Telecom Italia) que, eu sinto, vai satisfazer os stakeholders do grupo". Ele se comprometeu a continuar a investir em infraestrutura e desenvolvimento de serviços convergentes. De saída, Flavio Cattaneo disse: "Eu deixo a companhia melhor do que quando entrei, como os resultados mostram, com gestão forte e com mais compreensão das possibilidades". Um novo nome para substituir o executivo ainda não foi anunciado.
Planos
Em sua previsão financeira para o ano de 2017, a Telecom Italia espera manter o processo de transformação caracterizado por "forte disciplina financeira para apoiar o desenvolvimento", com foco em novas redes e plataformas, além de eliminar custos menos importantes estrategicamente. "A meta é garantir crescimento estrutural no volume de negócios e no EBITDA e afirmar a TIM (Itália) como ponto de referência no mercado", diz a empresa em comunicado.
No Brasil, o plano é o "relançamento da TIM Brasil" com o reposicionamento baseado em qualidade de rede e ofertas, pretendendo confirmar liderança no segmento pré-pago enquanto compete no pós-pago. A Telecom Italia espera aumentar a criação de infraestrutura de ultra banda larga móvel (LTE-Advanced), chegando ao fim do triênio 2017-2019 com 95% da população brasileira com acesso 4G, ou 3,6 mil cidades. Cita também o "desenvolvimento de ofertas convergentes graças em parte a acordos com principais produtores de conteúdo premium", mas não especifica quais seriam os parceiros.