Oi projeta queda drástica em gastos com energia após reduzir escopo

Foto: Divulgação/Oi

A Oi projeta reduções nas despesas com energia elétrica. Após encerrar o ano passado com uma conta de R$ 384 milhões, a empresa estima uma despesa de R$ 180 milhões em 2025 e de apenas R$ 36 milhões em 2026. Os dados fazem parte do Relatório de Sustentabilidade da operadora, divulgado nesta semana. 

Se essa previsão for confirmada, isso significará uma queda de 53% na despesa com energia entre o ano passado e este ano. Segundo o relatório, o custo com a linha já havia recuado 19% em 2024, na comparação com 2023. Confira no gráfico:

Gráfico com a Evolução das despesas com a evolução da conta de energia na Oi ao longo dos anos
Arte: Danilo Paulo/Teletime
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Oi menor

A queda é, de certa forma, esperada. Ela é resultado de um processo de reestruturação operacional que incluiu o fim da concessão de telefonia fixa (STFC) da Oi, intensificação da retirada da antiga rede de cobre e a venda de imóveis. Outro fator foi o encerramento de operações da empresa que foram vendidas.

Em outras palavras, os gastos com energia da companhia caíram porque a Oi está encolhendo. Vale notar que, historicamente, por se tratar de uma empresa de serviços de telecomunicações com alcance nacional, ela sempre figurou entre os maiores consumidores de energia do País.

"Com a ampla redução da demanda pelo serviço telefônico fixo comutado e as mudanças de tecnologia (como a desmobilização da rede de cobre), a empresa passou por um processo de replanejamento operacional, otimizando suas unidades e, consequentemente, reduzindo seu consumo de energia", resumiu a operadora.

Fontes renováveis repensadas

No relatório, a empresa também informou que, ao final de 2024, 59,47% da matriz energética da marca era composta por fontes renováveis. Contudo, a redução no consumo também está levando à revisão de contratos com usinas de geração distribuída, resultando no encerramento de uma série de acordos.

"A tendência de queda no consumo e a busca por eficiência motivaram a Oi a encerrar contratos de longo prazo com usinas de geração distribuída – como as de biomassa, solares e pequenas centrais hidrelétricas. Eventualmente, para as unidades que são alimentadas em média tensão e possuem consumo significativo, a companhia ainda avalia a viabilidade de manter os contratos", informou a companhia

Emissões

Além da redução no consumo de energia, a Oi também registrou queda nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 2024. As emissões diretas (escopo 1), que incluem fontes como frota corporativa, geradores e aparelhos de refrigeração, caíram 16% em relação ao ano anterior. A companhia atribui esse resultado a ações como substituição de equipamentos, uso de fontes renováveis e otimização logística.

As emissões indiretas associadas à aquisição de energia (escopo 2), por outro lado, tiveram um aumento de 10%. Segundo a empresa, isso ocorreu apesar da queda no consumo, devido a uma elevação no fator de emissão do Sistema Interligado Nacional. Já as emissões do escopo 3 (relacionadas a transporte, resíduos e fornecedores) caíram 66%, principalmente por conta da interrupção da distribuição de equipamentos de serviços descontinuados.

A Oi realiza o inventário de emissões de GEE desde 2009, seguindo a metodologia do GHG Protocol. "Diante de um cenário de tantas mudanças de estrutura e principalmente de atividades operacionais, não foi possível estabelecermos metas de redução de emissões. Acreditamos que isso só seja possível ao final da Recuperação Judicial, quando um cenário operacional esteja definido e estabelecido", afirmou a corporação.

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