Em matéria publicada por TELETIME no dia 10 de junho sobre a utilização do Carrier Grade NAT para prolongar a vida do IPv4, afirmou-se que o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) "não recomenda o uso de NAT, ainda que esta seja a solução adotada pelas operadoras para compensar a escassez dos endereços IPv4". Em comunicado enviado a este noticiário, o NIC.br explica que não se opõe à utilização desses equipamentos de mitigação enquanto o IPv6 não puder ser adotado em massa.
"Não somos contrários ao uso de técnicas de transição pelas operadoras", explica a entidade no comunicado. "O NAT444 (ou CGNAT) é necessário nesse momento de exaustão dos endereços IPv4, uma vez que não existem outras alternativas viáveis enquanto não houver ampla adoção do IPv6". O NIC.br reforça, entretanto, que não recomenda a adoção isolada do CGNAT, considerando que é um recurso "paliativo como um dos elementos das etapas de adoção definitiva do IPv6".
"CGNAT é uma técnica de transição complexa, cara, e, a longo prazo, nociva para a Internet. Estamos em contato com as operadoras e seus representantes há anos para que a adoção de IPv6 seja acelerada e estamos de acordo com essas entidades sobre o passos necessários para a atual fase", diz o comunicado. Em abril, o diretor-presidente do NIC.br, Demi Getschko, disse sobre a questão: "Agora estão tentando de novo com carrier de NAT, mas isso tem efeitos colaterais e eu acho que protelar isso (migração para o novo protocolo) não seria bom para ninguém. Deveríamos entrar no mundo limpo do IPv6".
Conforme explicado por este noticiário, a adoção do CGNAT não é uma solução, já que a técnica de mitigação tem problemas, como a dificuldade de rastrear o tráfego quando determinado por autoridades policiais ou o registro dos logs, impossibilitando a identificação correta de endereços de IP de máquinas.