Crescimento da Sky cai cinco pontos percentuais com ajuste na base

A diferença na base de assinantes da Sky Brasil apontada pela DirecTV à comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos (SEC) afeta em quase cinco pontos percentuais o crescimento da operadora em um ano, comparando números do primeiro trimestre. Pelos números enviados à Anatel, a Sky teria crescido até o final de março de 2013 25,61%, chegando a 5.258.503 assinantes. Com o ajuste comunicado pela DirecTV, o crescimento da operação no Brasil foi, na realidade, de 20,83%, totalizando 5.058.503 clientes até o final de março.

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Em números absolutos, mesmo com a redução de 200 mil assinantes na base da Sky apontada por sua controladora, a operadora ainda foi a que mais cresceu no período de um ano, conquistando 872.188 assinantes líquidos até o final do terceiro trimestre. A base de TV por assinatura da Claro cresceu, no mesmo período, 724.706 clientes, enquanto a da Net cresceu 605.591.

A participação de mercado da Sky com a atualização em sua base de assinantes varia menos de um ponto percentual. No final de março, a Sky teria participação de 31,66%, antes da correção. O share ajustado é de 30,83%.

Vale ressaltar que a DirecTV afirmou à SEC que a distorção na base reportada no Brasil teve início em 2012, mas sem especificar em qual mês. Os cálculos feitos por esta reportagem consideram que os números reportados no primeiro trimestre de 2012 ainda estavam corretos.

Anatel

Em resposta a questionamentos deste noticiário, a Anatel informou que "não tem conhecimento dos resultados de investigações internas sobre base de clientes da Sky no Brasil" e que erros na comunicação da base de assinantes não implicam nenhuma punição. Segundo a agência, "eventuais falhas de registro na base de assinantes da empresa não trazem repercussões diretas sobre a prestação do serviço aos usuários – preocupação maior da Anatel em relação aos serviços de TV por assinatura" e que "não há impacto em arrecadação tributária por conta de eventual variação da base de assinantes de um determinada empresa de TV por assinatura".

Caso a empresa encontre inconsistências em sua base de assinantes, diz a Anatel, deve efetuar as correções devidas e comunicar ao órgão regulador para fins estatísticos. "A empresa é a maior interessada em prestar informações corretas à sociedade e zelar pela sua imagem junto a seus clientes", conclui a agência.

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