TelComp terá Funttel e campo de provas para inovação na ocupação de postes

Luiz Henrique Barbosa; Foto: Divulgação/Abrint

Ansiosa pela resolução do impasse do compartilhamento de postes junto ao setor elétrico, a TelComp foi qualificada para receber recursos do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) em dois projetos para inovação nas redes aéreas.

Segundo o presidente-executivo da entidade, Luiz Henrique Barbosa, as duas iniciativas são orçadas em R$ 5 milhões, que serão custeados por associadas e por recursos do fundo (assim que disponibilizados). Um dos projetos envolve software para monitoramento da ocupação de postes com ajuda de inteligência artificial, ao passo que o segundo tem foco na revisão de normas técnicas da ABNT.

Neste caso, a intenção da TelComp é realizar, no segundo semestre, um campo de provas na PUC Campinas onde mudanças na padronização atual possam ser validadas. Durante encontro da Abrint nesta sexta-feira, Barbosa lembrou que a regra atual da ABNT para ocupação de postes é de 2005, e não considera as mudanças das redes de cobre para as fibras, ou a proliferação de prestadoras.

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Entre os aspectos que a entidade entende que poderiam ser revistos está a faixa de ocupação de 50 cm para uso das empresas de telecom (que poderia ser reajustada para 60 cm ou 70 cm, segundo Barbosa) e a próprio altura dos postes – que poderia passar de um padrão de 11 metros para 13 metros, segundo o dirigente. Com as alterações, seria possível aumentar o número de ocupantes nas instalações, atendendo aumento na demanda atual e futura por conectividade.

Software

Em paralelo, o software de monitoramento da ocupação dos postes que já havia sido apresentado ao mercado teve novidades divulgadas pela TelComp. Desenvolvido ao lado da Fitec e inspirado em tecnologia que já apoia a gestão remota de linhões elétricos, o recurso poderia fiscalizar até 1,2 mil postes por dia, a partir de câmera acoplada em veículo de equipes de manutenção.

Com ajuda da inteligência artificial, a ferramenta será capaz de realizar um acompanhamento dinâmico das redes aéreas – identificando aspectos como capacidade disponível, novos cabos instalados (inclusive clandestinos) e inventário georreferenciado.

Enquanto trabalha nas inovações, a TelComp e demais entidades do setor de telecomunicações têm defendido um novo modelo para compartilhamento dos postes junto ao setor de energia elétrica. Atualmente, Anatel e Aneel têm trabalhado na construção de uma nova resolução conjunta com regras para o tema.

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