Tráfego de vídeo por IP no Brasil será maior que a média em 2019

O aumento do tráfego IP global será conduzido por maior quantidade de usuários e de dispositivos, além de velocidades maiores. Mas, sobretudo, será promovido por um maior consumo de vídeo, que representará 80% do tráfego em 2019 – em 2014, o percentual era de 67%. E o Brasil está à frente da média global em consumo de vídeo: atualmente é de 68% de todo o tráfego IP no País, passando para 84% em 2019. Trata-se de um crescimento de três vezes, saindo de 1,2 Exabyte/mês para 3,7 EB/mês. Os dados são da Visual Network Index (VNI), previsão de mercado da Cisco divulgada nesta quarta-feira, 27.

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O vídeo por IP será 80% do total trafegado em 2019, sendo que a maioria (64,1%, contra 43,4% em 2014) será de "Internet Video" – ou seja, conteúdo transmitido em tempo real, peer-to-peer, como Facetime, Skype e teleconferência. Por sua vez, o vídeo on-demand por IP – serviços de streaming como Netflix e YouTube – diminuirá a participação de 23,6% para 16%. A explicação para isso é que haverá otimização no tráfego de conteúdo com as redes de distribuição (CDNs).

Mas mesmo o tráfego nas CDNs terá taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 38% no mundo, gerando um total de 84,3 mil petabytes/mês. A América Latina terá CAGR de 43%, totalizando 3,9 mil PB/mês, contra 657 PB/mês. O maior tráfego em CDNs será gerado na América do Norte: 31,9 mil (CAGR de 35%, saindo de 9,5 mil PB/mês).

HD será dominante

Os vídeos em ultra HD (4K em diante) aumentarão substancialmente a participação no mundo, saindo de 0,6% do total do tráfego de vídeo IP em 2014 para 13,9% em 2019. Ainda assim, o padrão de definição dominante será o HD, com 72 EB/mês, aumentando a participação de 38,6% para 53,5%. Os vídeos em definição padrão (SD) deixarão a liderança de 2014 (60,8%) com 32,6% em 2019 (44 EB/mês). No Brasil, apesar do avanço, o SD continuará a maioria: 55,9% em 2019. Os vídeos em HD serão 39,5%, enquanto o Ultra HD será 4,6%.

O estudo da Cisco não prevê exatamente o fenômeno do cord-cutting, ou a fuga do consumo da TV por assinatura para o IP VoD. No entanto, ressalta: a residência de cord-cutting gerará 92 GB/mês em 2015, comparado com 43 GB/mês na residência média.

Dispositivos

O consumo de vídeo continuará a ser dominado por smartphones, que em 2014 eram 36% dos 5,8 bilhões de dispositivos capazes de rodar vídeos, passando a ser 42% dos 10,9 bilhões do total em 2019. As TVs conectadas sairão de 26% para 27%; os PCs, de 26% para 14%; a comunicação máquina-a-máquina (M2M), de 3% para 9%; e os tablets, de 7% para 8%.

Apesar do crescimento do consumo de vídeo móvel (CAGR de 67%), esse totalizará 14,9 mil PB/mês. O acesso fixo ainda será maioria, com 74,3 mil PB/mês, CAGR de 29%.

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