Analistas de mercado são consensuais de que tanto os fatores internos quanto os externos são desfavoráveis às bolsas de valores brasileiras. Os fatores externos são: 1) Refluxo de investimentos dos países emergentes para os mercados de renda fixa dos Estados Unidos e Europa como medida de segurança contra incertezas na Ásia e Rússia; 2) Temores sobre o impacto de uma desvalorização do iene sobre o nível de atividade nos Estados Unidos. Já os fatores internos são: 1) Visíveis dificuldades políticas do presidente Fernando Henrique Cardoso, que não conseguiu reverter desgaste junto à classe média (comportamento indesejável em relação à seca do Nordeste, desemprego, aposentados), com possibilidade de ter que encarar um segundo turno nas eleições presidenciais; 2) Forte dificuldade de tomar medidas contra o aumento do déficit, já que não há espaço para efetuar cortes de gastos e, muito menos, para aumentar impostos.