A Oi projeta encerrar este ano com 3,5 milhões de clientes e um total de 14,8 milhões de casas passadas (homes-passed) com fibra, um crescimento de 66,7% e 62,64%, respectivamente, comparado com dezembro de 2020. Porém, o VP de clientes da operadora, Bernardo Winik, afirma que essa é uma visão conservadora, e que a meta é maior.
Conforme explicou ele durante coletiva de imprensa nesta terça-feira, 27, o avanço tem sido rápido. Por isso a companhia aumentou em 1,5 milhão de clientes em 12 meses, e 4,7 milhões em HPs.
Com dados de abril, de acordo com Winik, a Oi tem no Brasil 2,5 milhões de clientes em fibra, com 10,9 milhões de HPs em 142 cidades. A expectativa é que no final de 2021, a empresa chegue a 228 cidades. O executivo explica que o crescimento líquido tem proporcionado também captura de mercado.
"Considerando só a fibra, temos 15% dos net adds acima da líder, com share de 18,1% [nas adições líquidas] e aumento de 1,2 ponto percentual no market share", declarou. A comparação é do mercado acima de 34 Mbps e em um período de quatro meses, entre setembro e dezembro do ano passado.
Ritmo
A questão é que essa projeção também não considera a entrada de recursos dos desinvestimentos, incluindo a venda da participação na InfraCo. Winik confirmou que o planejamento da Oi é estabelecido sem essa questão, mas uma das razões do otimismo do executivo pode ser justamente a possibilidade de maiores investimentos e ritmo acelerado de crescimento.
Segundo o executivo, a Oi teria posição de liderança na fibra até a residência em 14 capitais, de um universo de 55 municípios. "Não temos as capitais no Sul e em parte do Centro Oeste, mas é porque o projeto chegou mais recentemente. Mas o desempenho é significativamente superior, inclusive em relação ao resto do País."
Outro impulsionador será a chegada do FTTH da operadora em São Paulo. A expectativa da Oi é que o estado deverá ter 400 mil domicílios cobertos em 2021.