Telefônica aumenta lucro líquido e receitas no primeiro trimestre de 2016

A Telefônica Brasil observou seu resultado líquido  aumentar 179,3% nos três primeiros meses de 2016, de acordo com balanço divulgado pela operadora na noite desta quarta, 27. A companhia saltou de R$ 436,1 milhões no começo do ano passado para R$ 1,218 bilhão de janeiro a março deste ano. Excluindo a venda das torres para a subsidiária da Telefónica espanhola, o lucro líquido seria de R$ 879,3 milhões – mesmo assim, mais do que o dobro (101,6%) do registrado no mesmo período de 2015. O comparativo é pro forma, já que inclui também números da GVT antes da consolidação.

A empresa registrou avanço de 0,6% na receita operacional líquida no primeiro trimestre deste ano, totalizando R$ 10,431 bilhões. Desse total, a maior parte foi de receita de serviços (R$ 10,129 milhões, crescimento de 1%), sobretudo com a operação móvel, que fechou março com R$ 5,911 bilhões, aumento de 0,4%.

Nesse total, destaca-se a receita de dados e SVA, praticamente a única a ter crescido (22,8%), ficando em R$ 3,044 bilhões no período. Grande parte do aumento foi graças à receita com Internet móvel, que totalizou R$ 2,163 bilhões, aumento de 35,4%. Os serviços de valor adicionado (SVA)  aumentara 1,9% (R$ 476,4 milhões), enquanto mensagens SMS recuaram 2,1% (R$ 404,9 milhões). Por outro lado, as receitas de voz sainte e interconexão caíram 15,6% (R$ 2,423 milhões) e 24,3% (R$ 357,1 milhões), respectivamente. A receita com aparelhos foi de R$ 301,7 milhões, recuo de 10,9%.

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O maior aumento, contudo, foi na receita de serviços fixos: 2%, total de R$ 4,218 bilhões. A banda larga ficou com crescimento de 11,5%, total de R$ 955,1 milhões. A TV por assinatura foi o maior avanço, com 21,1%, total de R$ 476 milhões. Por outro lado, a maior receita ainda é de voz, com R$ 1,948 bilhão, recuo de 1,2%. Interconexão, dados corporativos e TI e outros serviços caíram respectivamente 18,3% (R$ 103,8 milhões), 6,5% (R$ 561,5 milhões) e 7,2% (R$ 174 milhões).

Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) totalizaram R$ 3,788 bilhões, um avanço de 23,8%. A margem EBTIDA aumentou 6,8 pontos percentuais (p.p.), ficando em 36,9%. Já os investimentos caíram 15,3% e fecharam março em R$ 1,492 bilhão, ou 14,3% da receita operacional líquida. A dívida líquida ficou em R$ 4,686 bilhões, recuo de 66,6% devido ao aumento de capital da empresa.

Operacional

A companhia reduziu a base móvel em 10,5% no comparativo com o primeiro trimestre de 2015, contando agora com 73,271 milhões de acessos. A maioria ainda é pré-paga, com 42 milhões de acessos, onde se registrou quase a totalidade das desconexões (20,7% de queda), juntamente com os acessos em modems 3G (redução de 13,5%, total de 2,774 milhões de acessos). No segmento pós-pago, excluindo modems e comunicação máquina-a-máquina (M2M), a empresa aumentou a base em 9,5%, ficando com 24,088 milhões de linhas. Os acessos M2M aumentaram 19,1% e ficaram em 4,397 milhões de linhas. O churn mensal aumentou 0,5 p.p., ficando em 3,3%. O mix do pós aumentou 8,1% e agora representa um total de 42,7% da base total.

A receita média por usuário (ARPU) fechou março em R$ 26,90, aumento de 10,9%. Desses, a receita de dados ficou com R$ 13,9 (aumento de 35,7%), enquanto a de voz ficou com R$ 13 (queda de 7,2%). O ARPU só de pós-pago (exceto M2M) caiu 0,9% e ficou em R$ 50. A ARPU do pré-pago aumentou 8,9% e ficou em R$ 13,8. Os minutos de uso aumentaram 16,8% e ficaram 151,2.

Já o total de acessos fixos cresceu 0,3%, ficando em 23,950 milhões de linhas. Dessas, 14,949 milhões são de voz fixa (queda de 1,8%) e 1,787 milhão (aumento de 4,9%) de TV por assinatura. O destaque ficou para a banda larga, que fechou o trimestre em 7,214 milhões de acessos, um aumento de 3,7%. Desse total, a maior parte é de fibra (FTTx), com 3,914 milhões de acessos (incluindo acessos de pequenas e médias empresas da GVT), aumento de 12,6%. As conexões com outras tecnologias, como ADSL, são 3,301 milhões, queda de 5,2%.

A ARPU de voz chegou a crescer 0,1%, ficando em R$ 43,3 mensais. A ARPU de banda larga fixa fechou março em R$ 44,5 (aumento de 7,6%), e a da TV por assinatura ficou em R$ 88,8, avanço de 12,6%.

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