A multinacional de sistemas e soluções NEC mira as necessidades de segurança pública dos municípios brasileiros para deslanchar a vertical de cidades inteligentes no País. A empresa buscar atuar como orquestradora, e não apenas como fornecedora desse tipo de solução, cujos negócios ainda são raros no Brasil.
Em entrevista ao TELETIME durante o Smart City Expo Curitiba, realizado nesta semana na capital paranaense, o diretor de Marketing e Relações Públicas da NEC Brasil, André Eleterio, destacou que a empresa quer "poucos e bons clientes" para desenvolver a unidade de cidades inteligentes junto ao setor público.
De acordo com ele, os gestores públicos brasileiros ainda demandam tecnologias isoladas, o que dificulta a implementação de projetos robustos. Contudo, a empresa avalia que, ao explorar áreas de maior apelo para a população, como segurança pública, é possível escalar a orquestração de sistemas mais complexos para monitoramento das cidades.
"O nosso diferencial é que não somos fornecedores de tecnologias isoladas. Somos um grande integrador. A gente senta com o cliente e estudamos o que é preciso ser feito", destacou o executivo.
Na América Latina, a NEC já conta com projetos de cidades inteligentes em países como Argentina e Chile. No Brasil, além da segurança pública, a empresa elencou mobilidade urbana e infraestrutura pública (iluminação e meio ambiente, por exemplo) como segmentos em que pode prover uma atuação "no conceito 360º, integrado, com centro de comando e controle, pensado de forma mais holística", apontou o diretor.
Eleterio ainda salientou que a elaboração de projetos de cidades inteligentes leva tempo, podendo variar de seis meses a dois anos, e demanda muitos encontros entre a empresa e os gestores públicos. "O mundo do B2B é diferente do de consumo. Tem que fazer projeto, aprovar com o cliente, mexer em processos e quebrar determinados silos", resumiu.
O jornalista viajou a Curitiba a convite da Ligga.