Dia da Inclusão Digital é marcado por debate sobre conectividade significativa, letramento digital e preço

A conectividade significativa e letramento digital foram pontos destacados por especialistas que participaram nesta segunda-feira, 27, da abertura do evento no Ministério das Comunicações (MCom) que comemorou o Dia Nacional da Inclusão Digital. O evento foi realizado no auditório da sede da pasta.

Carlos Baigorri, presidente da Anatel, destacou que na época da privatização, o objetivo era levar infraestrutura para os rincões do Brasil. Hoje, 25 anos depois, o desafio é outro: fazer com quem as pessoas que tenham acesso às Internet de maneira segura, com todas as suas potencialidades.

O presidente da Anatel também lembrou que o letramento digital, um dos temas do evento do MCom, se mostra como um outro desafio para as pessoas terem acesso à internet. "Hoje, dados da Cetic mostram que mais da metade das pessoas não usam a Internet porque não sabem usá-la. Estamos falando de pessoas idosas, adolescentes e pessoas com algum limite de acesso", disse.

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Maximiliano Martinhão, secretário de telecomunicações do MCom, também ressaltou a importância do letramento digital como um fator chave para a ampliação do acesso à Internet. "É incrível olhar e ver que 10% da população brasileira não tem internet porque primeiro não tem interesse e o segundo é não saber usar", afirmou.

E complementou: "o foco do letramento digital é muito importante dentro do processo de conectar aqueles que não estão conectados, e o foco da conectividade significativa é o de nos preocuparmos não só com aqueles que não tem, mas também o de melhorar de quem tem o acesso à internet", explicou.

Outra participante do painel de abertura do evento, a secretaria-executiva do MCom, Sonia Faustino, destacou que a inclusão digital também deve ser vista além do letramento digital e conectividade significativa, e lembrou que um dos motivos das pessoas não terem acesso aos serviços de conectividade no Brasil é o preço. "Hoje, as pessoas não tem acesso à Internet porque não sabem ou não possuem o poder aquisitivo para ter acesso. Não temos ideia da importância da inclusão digital na vida das pessoas", disse Faustino.

 E prosseguiu: "usamos a tecnologia no dia-a-dia para as mais diversas atividades. E imagina aquelas pessoas que não conseguem fazer isso, como nós conseguimos", finalizou.

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