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Fibra é o guarda-chuva e foco de investimentos da Oi para 2019

Foto: Pixabay.com

[Atualizada às 16h50] Desde que promoveu o aumento de capital de R$ 4 bilhões no contexto da Recuperação Judicial, a estratégia da Oi sempre foi a de focar cada vez mais na infraestrutura de acesso à banda larga, seja com a fibra ou com 4G. Após os resultados do consolidado de 2018, entretanto, a companhia passou a direcionar ainda mais o foco para o acesso FTTH, tornando a rede ótica como o principal centro de investimentos, no que chama de “Projeto Fibra”, endereçando 9,4 milhões de residências em potencial. Para tanto, a companhia espera aumentar em 15,2% o Capex em 2019 para R$ 7 bilhões (R$ 1 bilhão a mais do que no ano passado), mudando o posicionamento da empresa para “uma atacante em um mercado no qual perdeu participação”.

A estratégia é importante para a Oi porque faz parte do plano de turnaround para recuperação de crescimento de receitas. “Os resultados recentes de queda de receitas estão conectados aos baixos investimentos nos últimos anos. Para endereçar isso, aumentamos os investimentos para quase 40% do montante das receitas [no quarto trimestre do ano passado]”, declarou o CFO da Oi, Carlos Brandão, em teleconferência para analistas nesta quarta, 27. Ele diz que esse avanço no Capex já mostrou resultado no segmento móvel, que registrou um milhão de adições líquidas em 2018. “Por outro lado, o pilar mais importante em Capex é a fibra, é nosso guarda-chuva para a estratégia entre todos os segmentos”, reforça.

O Projeto Fibra utiliza como base a abordagem de reuso do ativo. Basicamente, a empresa aproveita a capacidade do backbone rede metropolitana e backhaul que já tem nas cidades, implantando apenas a última milha, em vez de construir uma rede de acesso totalmente nova. Com isso, acredita que reduz em 30% os custos, aproveitando o gargalo de acesso no País com uma tecnologia de alto retorno e potencial de menor churn (2,4 ponto percentual), além de menor custo de manutenção do que o cobre. “A penetração da banda larga é baixa e a oportunidade é enorme, especialmente com a recuperação da economia e com políticas de universalização”, considera. 

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Esse potencial da fibra leva em consideração um levantamento da Oi, ainda com resultados parciais e que deverá ser concluído em abril. A companhia coloca que, dos 70 milhões de domicílios endereçáveis, 15% têm valor presente líquido (VPL) positivo. “Focando nesses 15 milhões, concluímos que em 9,4 milhões temos a infraestrutura pronta para FTTH, só faltando a construção da última milha”, detalha Brandão. Outros 5,6 milhões de residências teriam “necessidades eletrônicas”. O desafio é executar o projeto, que alcançou no último trimestre um ritmo de 200 mil homes-passed por mês. Mas, com os investimentos esperados e possível recuperação econômica, há possibilidade de aceleração. “Estamos chegando a 250 mil/mês, e temos capacidade de 550 mil/mês, se tivermos recursos para isso. Estamos trabalhando para ter os recursos e acelerar.”

Em dezembro, essa tecnologia tinha cobertura de 1,2 milhão de homes passed, dos quais 600 mil foram somente nos últimos cinco meses do ano. Segundo a operadora, ao ritmo de 200 mil homes passed por mês em 2019, a expectativa é de chegar a mais de 3,6 milhões ao final do ano. A companhia totalizou 92 mil clientes com fibra em dezembro, mas já passando dos 100 mil em janeiro de 2019. O FTTH está presente em 27 municípios, dos quais dez são capitais. O objetivo da empresa é chegar a 62 cidades em 2019.

A Oi contratou a consultoria Oliver Wyman para endereçar o desafio da expansão eficiente da implantação do Projeto Fibra de maneira nacional. Para isso, a parceira deverá ajudar a desenhar o modelo de gestão de Capex, monitorar e implantar o novo modelo, controlar o desempenho operacional e financeiro e, finalmente, lançar o novo modelo da gestão de Capex. Além disso, a companhia conta com o BCG – Boston Consulting Group para revisar a estratégia da operadora e “buscar oportunidades” no processo. A ideia é assessorar na análise e definição de modelos de negócio com visão de longo prazo, preparando guidelines e planos de execução para garantir a implantação desses modelos.

Móvel

Além da expansão do FTTH, o plano de investimentos também contempla a cobertura 4G. Como a companhia ainda não conta com a faixa de 700 MHz, o Capex é direcionado ao refarming de outras frequências ainda não utilizadas em LTE, especialmente a faixa de 1,8 GHz. Atualmente, a companhia conta com 2.277 sites em 337 cidades já utilizando a frequência, com expectativa de chegar a 4.556 sites em 485 municípios ao final deste ano. Além disso, a operadora também quer eventualmente reaproveitar o espectro de 2,1 GHz, atualmente utilizado em 3G, mas os planos para isso ainda não foram detalhados.

O espectro é importante, mas a infraestrutura de backhaul precisa ser robusta. Por conta disso, os investimentos na rede fixa acabam sendo aproveitados para o móvel. “O Projeto Fibra não é só para o cliente residencial, mas também para ampliar o 4,5G e por ser chave para o 5G no futuro. Essa infraestrutura trará grandes oportunidades também para a criação de valor no B2B”, disse Carlos Brandão.

4 COMENTÁRIOS

  1. As ações da Oi são as únicas da bolsa que podem deixar qualquer um rico do dia pra noite. Apesar da mal interpretação por parte de alguns investidores, a Oi conseguiu no ano passado reduzir sua dívida em 69% de 54 bilhões para 16 bilhões e a espectativa esse ano é zerar pelo fato das ações serem muito baratas e um aporte grande de novos clientes. 2019 tem projeção pra fechar no verde

  2. Avante Oi! Tomara que saia mais forte da RJ.
    Já têm fibra ótica da Oi na minha cidade.
    Talvez vendendo a parte de telefonia fixa ja ajudaria a Oi e nao seria preciso de vender a móvel.

  3. A oi tem tudo pra deslanchar mas so depende dela mesma, nós investidores so estamos eperando o momento para rir de alegria com os bons resultados financeiros.

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