Ampliar receitas é o grande desafio da Oi

Foto: Steven Goodwin/FreeImages.com

Os resultados da Oi divulgados na noite desta terça, 26, mostram um quadro de redução de receitas que é um alerta para o futuro da empresa no médio prazo. A Oi sabe que seu grande desafio é o crescimento de receitas rapidamente, para não alongar o processo de queima de reservas. Não será tarefa simples porque os resultados costumam demorar. Mas para isso a operadora conta com uma forte estratégia de ampliação da rede de fibra e com uma otimização da cobertura móvel.

A ampliação da rede de fibra, segundo apurou este noticiário, segue com investimentos próprios em mercados mais centrais para a operadora, mas incluirá parcerias com outros players, como provedores regionais e possivelmente tower companies, para a expansão de redes de fibra em mercados secundários. O modelo de franquias ou de co-investimentos é a chave que a operadora enxerga para se expandir em FTTx.

No segmento móvel, a operadora precisará ampliar suas parcerias de compartilhamento, e nesse sentido a TIM, com quem já tem acordos de RAN-Sharing, é a principal candidata. Neste tipo de acordo, a Oi tem a oferecer uma rede de transporte mais ampla e capilar, mas precisa de espectro e cobertura 4G, onde a TIM estaria melhor posicionada.

Notícias relacionadas

Outro aspecto central da estratégia da Oi é tentar se diferenciar em serviços e atendimento, com a rápida ampliação de seus canais digitais de relacionamento. Hoje a empresa tem pelo menos seis iniciativas digitais com bons resultados (Minha Oi, Assistente Digital, Técnico Virtual e as plataformas de gerenciamento e troca de benefícios entre os diferentes produtos) e pretende expandir esse tipo de canal.

Do ponto de vista financeiro, a Oi deverá ter uma folga em 2019 em função de alguns fatores extraordinários. A contabilização de resultados de ações judiciais referentes à cobrança de PIS/Cofins e a arbitragem ganha referente à operação de Angola devem dar à empresa um caixa adicional importante este ano. A eventual aprovação do PLC 79 pode ser um fator a mais, mas a empresa não acha que os impactos viriam este ano, pois há ainda um longo processo de regulamentação. Já as economias com o novo Plano Geral de Metas de Universalização podem ter reflexos no caixa de 2019.



1 COMENTÁRIO

  1. Pra Oi só tem uma saída: investir forte em 4G e fibra ótica.
    E tomara que aprovem logo o PLC 79 pra que o mercado fique otimista.

Deixe um comentário para Erick Silva Cancelar resposta

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!