Com a demanda para conexões mais rápidas para serviços de transações financeiras, cloud computing e supercomputadores, os cabos óticos atuais podem já não ser tão eficientes. Por tanto, cientistas da Universidade de Southampton, no Reino Unido, construíram um cabo fotônico de núcleo "oco", preenchido com ar. Assim, o equipamento consegue latência menor e mais largura de banda, chegando bem mais próximo da velocidade da luz no vácuo (99,7%, enquanto a fibra de vidro propaga os feixes 31% mais lenta). A pesquisa, concluída em setembro do ano passado, foi publicada pela revista Nature nesta semana.
Com a nova tecnologia os cientistas ingleses conseguiram transferir dados a uma velocidade de 73,7 terabits por segundo. Para efeito de comparação, os cabos de fibra óticos atuais do mercado possuem velocidades de 40 Gbps a 100 Gbps. Vale lembrar que 1 terabit equiavale a 10¹² (ou seja, 1.000.000.000.000) bits, ou 1.000 gigabits. Houve menor perda de pacotes também.
Os cabos óticos ocos foram possíveis graças a uma melhoria no design, utilizando aros fotônicos ultrafinos para permitir maior maleabilidade, como na fibra ótica comum. Os cientistas ingleses ainda utilizaram multiplexadores de divisão de onda (WDM), combinado com multiplexador de divisão de modo (que otimiza a fibra ao girar o sinal com um polarizador), para conseguir as taxas de velocidade alcançadas.