Lucro da Telefónica cai 2,8% em 2024 com reestruturação na América Latina

Telefónica. Foto: Divulgação

Os resultados financeiros do Grupo Telefónica, dono da Vivo, foram impactados pela deterioração de ativos e pelo processo de reestruturação na América Latina.

A multinacional registrou lucro líquido de 2,3 bilhões de euros em 2024, baixa de 2,8% na comparação com o ano anterior, conforme balanço financeiro divulgado nesta quinta-feira, 27. Só no quarto trimestre, o lucro caiu 41,8%, para 425 milhões de euros.

Em comunicado, a companhia indicou que, no período de outubro a dezembro, a desvalorização de ativos ultrapassou o valor de 2 bilhões de euros – as perdas foram puxadas por operações na Argentina, Chile e Peru, além da unidade Telefónica Tech.

Notícias relacionadas

De todo modo, a empresa celebrou o cumprimento das metas estabelecidas para o ano passado. As receitas do grupo avançaram 1,6%, alcançando 41,3 bilhões de euros, e o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve alta de 1,2%, chegando a 13,2 bilhões de euros.

Indicadores como caixa operacional (+1,6%) e fluxo de caixa livre (+14,1%) também cresceram conforme o desejado, enquanto o índice de investimentos sobre as vendas ficou em 12,9%, dentro da banda previamente estipulada.

"Cumprimos nossos objetivos financeiros, ao mesmo tempo em que continuamos fortalecendo a nossa posição competitiva. Mantemos a dinâmica nos nossos principais mercados – Espanha, Brasil, Alemanha e Reino Unido –, com uma sólida geração de fluxo de caixa de 2,6 bilhões de euros", disse Marc Murtra, recém-empossado presidente executivo da Telefónica, em nota.

Desvalorização do real

Nos resultados financeiros da Telefónica, a operação no Brasil só ficou atrás dos negócios na Espanha. A Vivo, em linhas gerais, foi responsável por 23% das receitas e 31% do EBTIDA da multinacional. Contudo, a desvalorização do real em relação ao euro impactou a contribuição da unidade brasileira para os números do grupo.

Dessa forma, levando em conta a conversão de moedas, as receitas da Vivo caíram 0,3% em 2024, para 9,6 bilhões de euros. No quarto trimestre, a baixa foi de 7,4%, ficando em 2,3 bilhões de euros.

Ainda em euros, o EBITDA da operadora brasileira teve queda anual de 0,3% (4,1 bilhões de euros) e de 6,9% no último trimestre do ano passado (1 bilhão de euros).

A Telefónica, no entanto, destacou os ganhos em reais, citando que as receitas cresceram 7,7%, no quarto trimestre, e 7,2%, no acumulado de 2024, como reportado por TELETIME nesta semana. A controladora ainda reiterou que os resultados da Vivo foram impulsionados pelos serviços móveis e fixos, além de negócios digitais.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!