A Abrint celebrou um acordo com a Dynamic Spectrum Alliance (DSA) para oferecer a provedores regionais um sistema de coordenação automática de frequência (AFC, na sigla em inglês) que permita a operação de pontos de acesso de WiFi em potência padrão na faixa de 6 GHz.
O compromisso envolve fornecedoras que fazem parte da DSA – notadamente Cisco e Broadcom. Também fundadoras do projeto Open AFC no Telecom Infra Project, a dupla de vendors tem atuado no desenvolvimento da plataforma de software que poderá ser baixada pelos ISPs brasileiros.
Por aqui, toda a faixa de 6 GHz foi destinada pela Anatel para uso não licenciado, o que inclui pontos de acesso de WiFi. Até o momento, há restrições de potência para a utilização dos dispositivos e limitação do uso outdoor, ao passo que a operação no parâmetro padrão só deve ocorrer mediante presença dos sistemas de coordenação.
"Isso fortalecerá a cooperação entre essas entidades e proporcionará a implantação da troca de informações para maximizar todos os benefícios do Wi-Fi de 6 GHz. Seja Wi-Fi 6E hoje ou Wi-Fi 7 em um futuro próximo, a plataforma garantirá que os serviços existentes sejam protegidos contra interferências", apontou o diretor geral da Abrint, Mauricélio Oliveira Junior, em comunicado da DSA.
Atualmente, os recursos da plataforma disponibilizada aos provedores seguem diretrizes dos Estados Unidos e do Canadá, mas como resultado da nova colaboração, a Broadcom e a Cisco se comprometeram a modificar o código Open AFC para atender aos requisitos do Brasil. Para tal, as empresas aguardam a conclusão da regulamentação do tema – submetido à consulta pública pela Anatel no ano passado.
"Todas as partes envolvidas nesta empolgante parceria acreditam que isso beneficiará os usuários brasileiros com melhor conectividade de banda larga. Também parabenizamos a Anatel por sua liderança no fornecimento de Wi-Fi confiável para todos os brasileiros", afirmou a presidente da DSA, Martha Suarez.
Como apontado por TELETIME nesta segunda-feira, a destinação da faixa completa de 6 GHz (entre 5.925 e 7.125 GHz) para uso não licenciado ainda desagrada as operadoras de telecom, que preferem e ainda se movimentam para que parte do recurso espectral seja destinado à oferta de serviços de banda larga.