Uma tendência observada em todo o mundo é o refarming de frequências para oferecer banda larga móvel em espectro licenciado originalmente para 2G. Mas o sinal verde de órgãos reguladores não significa necessariamente que todas as operadoras possam oferecer 3G no espectro que já detêm de GSM. O que acontece é que muitas vezes a operadora não tem os 5 MHz de espectro contínuo necessários para abrigar uma portadora UMTS (WCDMA).
Para resolver o problema, Huawei e Qualcomm testam uma solução que usa 2,4 MHz de canalização de banda por portadora, a Scalable UMTS (S-UMTS). Por usar apenas metade da frequência de uma portadora convencional, a S-UMTS também oferece apenas a metade da velocidade nominal máxima das redes 3G, 10 Mbps contra 20 Mbps.
"Mas é melhor oferecer 3G a 10 Mbps do que não lançar o 3G por não ter espaço", pondera o responsável por marketing de soluções da Huawei, Sérgio Battaglia. A portadora foi desenvolvida pela Huawei, enquanto a Qualcomm se encarregou dos chipsets para os terminais 3G do trial, que devem ser compatíveis com a nova canalização.