Operadoras abrem caminho para mobile cloud services

O Mobile World Congress deste ano traz entre os destaques da edição de 2012 o conceito de mobile cloud services, ou serviços móveis baseados na nuvem. O conceito já vinha sendo explorado desde o ano passado, mas este ano os debates apresentaram as primeiras iniciativas concretas das ações das operadoras móveis, fornecedores de tecnologia e provedores de conteúdo para lançar tais serviços.

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A Everything Everywhere, que é uma joint-venture entre as teles britânicas Orange e T-Mobile, investiu na integração da rede das duas operadoras e ampliou a capacidade de transmissão para acompanhar a demanda por dados móveis, que só no último ano cresceu 50%.

“No nosso planejamento, em 2012 terminaremos a integração das duas redes, investiremos em mais capacidade no backhaul e, se o espectro de 800 MHz for liberado nesta primavera, lançaremos nossos serviços de 4G até o final deste ano”, revela o CEO da Everything Everywhere, Oaf Swantee.

Mas mais que isso, todo esse investimento em rede servirá também para suportar serviços e aplicações da operadora baseados na nuvem. “Com a democratização dos smartphones, as operadoras estão virando help desk para aplicativos, funcionamento dos aparelhos etc. Temos 11 mil pessoas trabalhando no atendimento aos clientes e com serviços baseados na nuvem podemos melhor esse atendimento e aumentar o engajamento desses consumidores conosco”, afirma Swantee.

A Everything Everywhere passou também a integrar outros serviços em nuvem para seus clientes, como os serviços de conteúdo on-demand de TV da SKY e serviços de armazenamento de música, imagens e outros arquivos. “Se conseguirmos construir uma relação de confiança com nossos clientes, podemos simplificar suas vidas com ofertas de serviços em nuvem, que podem combinar mobile advertising, m-payments, health tracking services e muito mais”, diz Swantee.

Já o CMO e Business Solution da AT&T, Michael Bowling, lembra que além dos pesados investimentos em infra-estrutura de backbone e backhaul é preciso investir ainda na forma de entregar os serviços. “É preciso ter uma rede inteligente, com eficiência no gerenciamento do conteúdo, colocando-os mais perto dos usuários, e dar o tratamento certo para cada tipo de dados”, pontua. A AT&T instalou redes de entrega de conteúdos (CDNs, na sigla em inglês) para gerenciar esse tipo de tráfego e agora já vende a entrega de serviços na nuvem dentro de sua rede para um provedor de conteúdo, cujo nome Bowling preferiu não revelar.

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