A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) promove nesta quarta-feira, 27, uma audiência pública que discutirá a implementação da tecnologia 5G sobre a tecnologia 5G no Brasil. Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), autor do requerimento da audiência pública, diz que o objetivo do debate é saber mais sobre a atual questão geopolítica envolvendo o 5G, analisar cenários, tendências e interesses das empresas e as consequências da implementação dessa tecnologia para o país.
Foramconvidados para discutir o assunto o diretor de Relações Governamentais da
Ericsson, Tiago Machado; o presidente da Qualcomm para a America Latina, RafaelSteinhauser; a relações institucionais e coordenadora executiva do Intervozes –Coletivo Brasil de Comunicação Social, Marina Pita; o representante daAssociação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) Wender Souza; um representantedo Google Brasil; e um representante da Agência Nacional de Telecomunicações(Anatel).Aprocura das empresas pelo mercado brasileiro
O Brasil está no centro das atenções das grandes empresas que produzem equipamentos e tecnologia para o sistema 5G, pelo potencial de mercado que representa e peso econômico na região. Após uma recente conversa com o presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Ericsson Latam Sul, Eduardo Ricotta, confirmou, em entrevista à agência de notícias Reuters, um aporte de investimento de R$ 1 bilhão para a ampliação da sua fábrica em São José dos Campos (SP). A proposta é desenvolver uma nova linha de montagem exclusivamente dedicada a produtos de tecnologia 5G que serão fornecidos para toda a América Latina.
No começo do mês de novembro, foi a vez do presidente brasileiro receber a visita do CEO da Huawei, Wei Yao. Bolsonaro na época, disse que apenas ouviu o chinês, que esteve horas mais cedo no Palácio do Planalto. Durante a reunião do bloco dos BRICS, que aconteceu entre os dias 134 e 14 de novembro deste ano, Bolsonaro teve uma reunião com o presidente chinês Xi Jinping par discutir vários acordos, dentre eles, a tecnologia 5G. Na ocasião, o governo da China disse que estava confiante de que o Brasil escolherá a Huawei para construir sua rede móvel de quinta geração. "Estou confiante em termos de cooperação entre a China e o Brasil com a tecnologia 5G. O Brasil levará em conta seu próprio interesse no desenvolvimento ao analisar a oferta da Huawei", disse o embaixador da China em Brasília, Yang Wanming, na época.
O fato é que a tecnologia de 5G abre uma série de questões que precisam ser discutidas pelo Congresso que vão além das questões de segurança. Da proteção de dados à aplicação do modelo de neutralidade, há um contexto bastante complexo. Conforme já dito por representantes das operadoras, a tecnologia pode proporcionar uma revolução no setor, criando oportunidades de negócios baseados na virtualização de serviços e no edge computing, favorecendo a implantação de tecnologia focada em internet das coisas, por exemplo, ou serviços com qualidade de serviços diferenciadas.