A ZTE acredita que os efeitos da crise econômica mundial só começarão a ser sentidos em sua operação no Brasil a partir do primeiro trimestre de 2009, informou o presidente da companhia no País, Eliandro Ávila. De acordo com o executivo, a previsão de venda de 2 milhões de terminais no Brasil em 2008, entre celulares e modens USB, está mantida, pois a maioria dos contratos foi fechada antes da crise.
As reuniões com as operadoras para as vendas do primeiro trimestre do ano que vem estão acontecendo agora e a cotação alta do dólar emperra os pedidos. "Ninguém vai fazer pedidos com esse dólar de agora. Mas acho difícil cair para menos de R$ 2 de novo", comentou Ávila.
A ZTE lançou até o momento dois aparelhos no mercado brasileiro, ambos pela TIM. Cada um foca em um nicho específico que ainda não era atendido no País: um slider low end com rádio FM e um mid-tier touch screen. Ávila explica que a ZTE tem 66 handsets em seu portfólio, inclusive smartphones, mas só vai trazer para o Brasil aqueles modelos que objetivamente despertarem interesse das operadoras locais. "As teles estão cada vez mais seletivas na hora de montar seus portfólios de aparelhos. Operadoras não trabalham mais com subsídio pesado", avaliou.
SDR
A ZTE apresentou um nova BTS cuja principal característica é a possibilidade de ser totalmente configurada via software e funcionar com diversas tecnologias, como GSM, UMTS, WiMAX e, no futuro, LTE. O produto se chama SDR (Software Defined Radio). O fato de trabalhar com padrões e freqüências diferentes poupa Capex e também Opex, pois economiza com gastos de manutenção e consumo de energia. A CSL e a NWM, duas operadoras de Hong Kong recentemente adquiridas pela Telstra, adotaram a solução SDR depois de realizarem sua fusão.