O presidente da Anatel repetiu, em seu discurso na abertura da Futurecom, que acontece esta semana em São Paulo, os mesmos recados que havia dado há duas semanas, durante a posse do conselheiro Aníbal Diniz. Rezende voltou a reiterar a importância da desocupação da faixa de 700 MHz para o projeto de banda larga móvel e o desligamento da TV analógica para a melhoria dos sinais de TV em todo Brasil, em uma mensagem claramente direcionada a posicionar a agência em um momento em que o governo precisa arbitrar se adiará ou não o cronograma de desligamento. "As quatro empresas realizam investimentos que permitirão a digitalização da TV aberta e também a expansão da banda larga. Esperamos modernizar a infraestrutura de telecomunicações", disse o presidente da Anatel, em referência às empresas que adquiriram o espectro de 700 MHz.
Outro aspecto reforçado por Rezende foi a relação entre as teles e os serviços OTT. O presidente da Anatel, que já havia se manifestado sobre o assunto, disse que "os OTTs provocam impactos, verdadeiras ondas de choque (no mercado de telecomunicações)". Segundo o presidente da Anatel, "os provedores querem oferecer os serviços e as empresas, com razão, reclamam da perda de receitas. É uma aparente oposição, mas todos os agentes são essenciais sob a ótica do consumidor, que quer redes robustas e serviços de qualidade". Rezende lembrou que "quem paga o tráfego de dados é o consumidor" e que os problemas estão "muito mais no modelo de negócios". Ele voltou a manifestar que, em sua posição pessoal, não cabe a interferência nos modelos de negócio.