Ericsson acredita na quarta geração de rede IP para o LTE

Com a chegada do LTE no País e o consequente crescimento da demanda de dados, a infraestrutura de rede precisará ser objeto de cada vez mais dedicação por parte das operadoras. Explorando um conceito de aliar atributos fundamentais para a rede IP de quarta geração, a Ericsson espera proporcionar às teles oportunidade para otimizar o serviço, gerando uma experiência de melhor qualidade para o usuário e possibilitando um modelo de negócios que retira das companhias de telecomunicações o rótulo de meros "canos" de acesso, aumentando o Capex e o Opex.

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Lançada em 2011, as redes de quarta geração (4GIP, como é comercialmente chamada pela fornecedora) já estão sendo levadas em conta pelas operadoras na hora de instalação da infraestrutura de core e o backhaul. As características definidas pela Ericsson contam com quatro pilares fundamentais chamadas de 4S pelo time de marketing, que significa os atributos de inteligência, simplicidade, escalabilidade e performance superior.

Por inteligência de rede, afirma a diretora de desenvolvimento de soluções IP e banda larga da Ericsson, Andrea Faustino, entende-se o conceito de combinar diferentes informações processadas sobre a experiência do usuário para endereçar o serviço da melhor forma possível. A tecnologia da companhia combina dados como QoS (qualidade de serviço de rede), qual dispositivo está sendo usado e se está em rede Wi-Fi, LTE, 3G ou 2G. Ela garante que isso não passa por cima de questões de neutralidade de rede. "São informações que já trafegam, seja por comportamento de usuário ou por tipo de conexão que se faz", explica.

Oportunidades

A plataforma da Ericsson agrega diferentes tecnologias já existentes para dar um sentido às informações para gerar dados sobre a própria rede da operadora. Partindo desse pressuposto, é possível melhorar os indicadores-chave de performance (KPI), fazendo diferenciação de serviços e usuários. "Não se trata de pensar só em cobertura e capacidade, mas no serviço, o diferencial que a rede tem de ter, qual a melhor forma de rotear. Começando lá do acesso e passando pelo tranporte, backhaul e core, e trabalhando diferentes elementos de rede para chegar ao KPI, indo além da qualidade de rede e chegando ao serviço para usuário."

Andrea diz que isso é bom para a operadora porque ela pode trabalhar com serviços diferenciados para usuários premium, por exemplo, entregando um desempenho melhor e gerando uma receita maior. Ela acredita que isso vai determinar a concorrência das teles nas redes LTE, que são um dos acessos do 4GIP, mas trabalha com um "grau de tecnologia IP mais complexo e têm a capacidade de entregar uma conectividade similar a uma banda larga fixa". Para garantir isso, será preciso trabalhar em diversas camadas e ter oportunidade de escalabilidade. "São diferentes dimensões para permitir a entrada de novos devices e conexões para a camada de controle da rede e para a finalização de todo esse tráfego de usuários que a utilizam e que exigirão qualidade." Segundo ela, a tecnologia atual até consegue trabalhar com alguma flexibilidade, mas há complexidade tecnológica e de topologia das redes.

As teles já estão construindo a infraestrutura pensando nisso, com o fator de simplicidade em mente. A ideia de Ericsson "é criar plataformas multisserviço, que já são 4GIP, onde colocamos tudo em um único nó, diminuindo investimento em hardware e em operacional para poder manter a rede, com menos plataforma e mais aplicações dentro de um mesmo elemento". A inteligência da rede também passa pela adequação ao tráfego M2M, segundo a diretora.

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