Uma situação sui generis poderá acontecer em relação às MVNOs: as próprias operadoras móveis terem operações virtuais fora da sua área de atuação. Essa é a vontade, por exemplo, da Algar Telecom que acredita que assim poderá complementar sua cobertura em áreas de interesse onde ela não tem licença para atuar.
A operação virtual faz todo o sentido para o negócio da Algar Telecom, uma vez que existem algumas localidades muito próximas à área da CTBC, mas que não fazem parte da área da companhia. Além disso, o leilão da banda H – que em tese poderia ser uma oportunidade para adquirir licença em outras áreas de interesse – não atende ao pleito das operadoras regionais. Isso porque a divisão dos lotes, foi mantida do leilão de 2007; ou seja, as licenças não serão leiloadas por cidades ou área de numeração, mas sim em lotes regionais. Por esse motivo, a Algar Telecom está fora do leilão da banda H, segundo o diretor de marketing da companhia, Milton Bonservizzi.
De acordo com o executivo, a regulamentação que foi submetida à consulta pública não impede explicitamente que uma operadora móvel seja MVNO. Mas na visão dele, é preciso que a Anatel detalhe essas regras. "Seria injusto eu só ceder a rede", reclama ele. A CTBC fez esse pedido na consulta pública e aguarda a publicação da versão final do regulamento.
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