O presidente da Telefônica, Fernando Xavier, afirmou que o grupo Telefônica ainda analisa alternativas para o eventual lançamento de ofertas integradas fixo-móvel. Xavier evitou comentar as iniciativas da Telemar (com a Oi) e da Brasil Telecom (com a BrT GSM) que têm feito ofertas convergentes entre os dois serviços. Para o presidente da Telefônica, é necessário que o governo e a Anatel revejam a regulamentação e garantam que as leis existentes (como a LGT e Lei do Cabo) estejam sob a mesma regra para que não conflitem entre si. Xavier cita o exemplo das operadoras de TV a cabo e incumbents de telefonia que, por caminhos diferentes, podem oferecer os mesmos serviços como voz, dados e vídeo.
?As questões principais como o que a tecnologia está produzindo, a estrutura tarifária, o impacto do avanço tecnológico sobre os novos contratos são muito recentes ainda e não estão sendo atacadas diretamente?, afirma.
Ofertas integradas
O grupo Telefônica controla a Telefônica São Paulo, tem participação de 50% na Vivo e oferece o serviço de banda larga Speedy. Mas, ao contrário das outras teles fixas ? Telemar e Brasil Telecom -, a Telefônica, com exceção de uma oferta que oferecia um bônus ao assinante Vivo que usasse o código 15, de longa distância, não fez mais nenhuma ação nesse sentido. A Telemar tem feito constantes promoções em que vincula a Oi ao seu serviço Velox, de banda larga e ao código 31, de longa distância. A Brasil Telecom também tem feito ações integradas entre a operação fixa e móvel. Xavier avalia que antes dos serviços convergentes serem oferecidos de forma ostensiva, principalmente por causa do avanço tecnológico, é necessário que haja um consenso entre as diferentes leis que regem a telefonia fixa (LGT), móvel (regulamentação), serviços de banda larga (que tëm tratamento de serviços de valor adicionado, como o vídeo sob demanda) e TV a cabo (Lei do Cabo).