O problema todo em torno da venda da Embratel é que os gestores da privatização na ocasião (BNDES e Ministério das Comunicações) eram obrigados a dar todas as informações necessárias aos possíveis compradores. Há controvérsias, contudo, sobre o que existia no data room da Embratel. Segundo a MCI, não havia a informação de que a dívida precisaria ser paga. Da mesma forma, o governo brasileiro informou à SEC (Security Exchange Comission, que regula as operações financeiras nos EUA), quando a Embratel lançou ADRs no mercado norte-americano, que a dívida não existia. O fato é que a Receita Federal efetuou a cobrança de um buraco de mais de R$ 1 bilhão referente a impostos devidos de 96 a 98. Quando as versões desencontradas estiverem esclarecidas, os gestores da privatização poderão sim estar comprometidos, alargando o problema para a esfera política, ao contrário do que diz Pimenta da Veiga.